“O Smart Ad, da LG, analisa os programas favoritos dos usuários, seu comportamento online, suas palavras-chave de busca e outras informações para oferecer anúncios relevantes a determinados públicos. Por exemplo, o LG Smart Ad pode exibir roupas bonitas para homens ou cosméticos e perfumes para mulheres. Além disso, oferece relatórios sobre resultados dos anúncios, algo que as transmissões de TV ao vivo não conseguem fazer. Isso permite identificar melhor a eficiência da publicidade.”
Ou seja, o TV vem preparado para espionar a vida do usuário e fornecer informações a potenciais anunciantes. Mais ou menos o que fazem Google, Facebook, Twitter e quase todas as empresas de internet atualmente. Fuçando nos menus de seu TV, o blogueiro descobriu a opção Collection of watching info, que veio ativada de fábrica; ao desativá-la, teoricamente, o usuário faria desaparecer o tal anúncio. Mas Doctor Beet, que entre outras coisas é um conhecido hacker, notou que, mesmo desativando, o aparelho continuava enviando informações a um servidor da LG.
Ao entrar em contato com o fabricante, o blogueiro recebeu um pedido de desculpas e foi orientado a “procurar o revendedor”. Claro que não ficou satisfeito e resolveu colocar a boca no trombone, digo, na internet, onde esse tipo de denúncia se espalha como faísca. Na verdade, a suspeita de que TVs conectados à internet podem servir como “espiões” existe desde sempre; afinal, dentro de cada um deles funciona um computador, que entra na web exatamente como fazem os PCs e Macs da vida.
Como já disse Vint Cerf, um dos pais da internet: “Privacidade online? Esqueça”.
Atualização: nesta sexta-feira, segundo a agência de notícias AFP, a LG distribuiu comunicado em Seul informando que está atualizando o firmware de seus TVs smart, após detectar o mesmo problema em outras unidades.
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