De fato, não há como duvidar dos recursos atuais. Mas receio que o problema, aí, não seja exatamente tecnológico. Basta entrar num restaurante, ônibus ou metrô para ver como muitas pessoas falam ao celular. Algumas não respeitam nem hospitais e velórios! Lembro que, anos atrás, uma senhora foi expulsa de um trem na Califórnia porque infernizou a vida dos demais passageiros falando alto, e sem parar, durante a viagem. Mesmo com a proibição atual, já testemunhei verdadeiro espetáculos de falta de educação em vôos, por pessoas que se recusam a desgrudar de seus celulares. O que faz crer que em aviões será diferente?
Nessas horas é que me vem à mente, com saudade, a experiência que tive viajando num trem-bala japonês. A placa, bem visível no vagão, pedia educadamente: “Por favor, não fale alto durante sua viagem. Isso pode incomodar os demais passageiros”. Nem é preciso dizer que todos respeitavam, até porque japonês já tem, acho que instintivamente, o hábito de falar baixo. Notem: o aviso não se referia a celular, mas ao ato banal de… falar. Falar alto.
Imaginemos agora a cena (e é preciso aqui eliminar todos os estereótipos e preconceitos): um grupo de adolescentes viaja alegremente para a Disney. Em época de férias, são milhares deles, levados por agências especializadas. Sem restrições, e como hoje em dia não existe adolescente sem celular, todos ligarão para seus pais, parentes e amigos, quem sabe até várias vezes por hora. O que será dos passageiros que, por azar, caírem no mesmo vôo?
Como disse um jornalista do site Yahoo, só falta agora liberarem o karaokê nos vôos! Sugestão: que as companhias aéreas forneçam, junto com o cartão de embarque, um fone de ouvido com cancelamento de ruído (dos bons). Ou então cápsulas de soníferos.
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