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Cada um na sua nuvem

A cada grande evento de tecnologia, fica mais clara a disposição dos principais fabricantes de tentar conquistar o consumidor pelo atrativo dos serviços, e não mais apenas pela qualidade dos produtos. O fenômeno das lojas de aplicativos, entre as quais a mais bem sucedida é a Apple Store, levou muitos a achar que todo consumidor de tecnologia tem seu lado “applemaníaco”, ou seja, tende a se identificar com uma marca e ligar-se a ela pela vida toda. Nada mais ilusório.

Nos últimos três anos, vimos o surgimento da nuvem e, com ela, redes como a PlayStation Network, criada pela Sony como uma espécie de “facebook dos games”; das plataformas smart dos principais fabricantes de TVs e das várias versões do Google TV. Nesta última CES, a própria Sony apresentou o serviço PlayStation Now (mais detalhes aqui), enquanto a Panasonic criou a primeira plataforma baseada em conteúdos 4K. Todas se baseiam no mesmo conceito: reunir usuários de cada marca e fazê-los interagir, de tal forma que se estimulem mutuamente a promover a marca.

Sim, foi exatamente isso que a Apple fez com seus “seguidores” há cerca de dez anos, bem antes do Twitter e das nuvens. Cada um deles acabou se transformando em “garoto-propaganda” – e, o melhor de tudo, sem cobrar um centavo por isso. A pergunta é: será que a maioria dos consumidores quer mesmo se vincular de tal forma a uma marca? Ou será que isso é coisa só de applemaníaco?

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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