Esses canais de comunicação online já são utilizados em larga escala nos EUA e em alguns países da Europa, para quase todo tipo de evento, como suporte às transmissões no modo tradicional. Quem é fã de determinado artista já pode, por exemplo, acompanhar ao vivo suas reações e comentários, em meio a um show ou gravação. A Premier League, liga inglesa de futebol, faz um trabalho admirável nesse aspecto, colocando jogadores e técnicos quase “cara a cara” com os torcedores.
No Brasil, o aproveitamento ainda é tímido, mas está evoluindo. Um caso marcante é o do tradicional programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura-SP, geralmente transmitido ao vivo. Quem tem mais de 30 anos deve se lembrar que o “Roda” já viveu dias bem melhores. Mas uma de suas atrações atualmente poderia dar-lhe um enorme salto de qualidade: a participação do telespectador via Twitter. Pena que certas perguntas e/ou observações do público acabem não chegando aos entrevistados. Daria um tremendo dinamismo ao programa que, pelo próprio formato, às vezes acaba se tornando enfadonho (quando o entrevistado não tem muito a dizer, ou quando os entrevistadores são mal preparados).
O maior desafio da comunicação online está na chamada “curadoria”, que em jornalismo chamamos “edição”. Por mais que pareça simpático e democrático abrir os canais de comunicação, sempre será necessário algum tipo de “filtro”, que não pode (nem deve, jamais) ser confundido com “censura”. Um ou mais profissionais treinados, e com bom conhecimento do tema em destaque, podem tornar essa interação mais dinâmica e enriquecedora.
Como já disse o grande mestre do jornalismo brasileiro, Alberto Dines, “com ou sem papel, o papel do jornalista é indispensável”. Ou, para lembrar um antigo político americano: “Todo mundo tem direito a dar sua opinião. Agora, ser levado a sério é outra coisa”.
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