Nesta terça-feira, quando a invenção de Lee comemorava 25 anos (na verdade, os estudos a respeito datam de 1969, como relato no livro Os Visionários, do qual Lee é um dos personagens), o jornal inglês The Guardian publicou extensa entrevista com o homem, que hoje batalha pela manutenção da web como um serviço livre e neutro. Entre outras coisas, Lee defende a criação de uma Magna Carta da internet, referência ao texto assinado na Inglaterra no ano 1215 pelo Rei John, que retirou o chamado “poder absoluto” dos reis.
“Os princípios de privacidade, liberdade de expressão e anonimato responsável devem ser garantidos de alguma maneira”, diz Lee. “Nossos direitos estão sendo desrespeitados cada vez mais, e meu medo é que nos acostumemos com isso”, comentou ele, que se coloca radicalmente contra os governos (como dos EUA e da própria Grã-Bretanha) que espionam seus cidadãos. “Se não tivermos uma internet livre e neutra, não teremos governos abertos, nem democracia, nem bons sistemas de saúde e diversidade cultural. Não é ingenuidade querer tudo isso. Ingenuidade é achar que podemos esperar sentados por essas coisas.”
Bem, aqui está o original da entrevista, em vídeo. Não resisto a comentar que, enquanto pessoas como Lee estão verdadeiramente preocupadas com os destinos da internet, em Brasilia grupos de políticos travam os trabalhos do Congresso e bloqueiam a votação do marco civil. Não porque discordam do texto, mas porque desejam negociar a aprovação ganhando mais cargos e verbas do governo. Para desgosto dos criadores da web, no Brasil a revolução dos últimos 25 anos tem gosto de dinheiro sujo.
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