Já ouvi de vários fabricantes esta explicação: para baratear os produtos, seria possível excluir alguns recursos, incluindo as chamadas “perfumarias”, como leds luminosos e teclas redundantes; mas a maior parte dos consumidores rejeita aparelhos excessivamente simples, que não chamam atenção ou que tenham “apenas” os recursos necessários no dia-a-dia. Como sair desse dilema?
Qualquer pesquisa com usuários irá apontar que a maioria quer aparelhos fáceis de operar e ajustar, o que parece razoável. Mas esse desejo esbarra em outro, muito comum no ser humano, que reside na satisfação de possuir um produto bonito, inclusive para mostrar aos amigos conforme a ocasião. Deve haver teorias psico-sociais a respeito.
Pensei em tudo isso outro dia, ao conversar com um amigo sobre a questão da automação residencial. No mundo inteiro, e no Brasil também, têm sido lançados aparelhos minúsculos que, segundo seus idealizadores, tornam a automação mais fácil. Munidos de um software específico, há dispositivos que permitem controlar as luzes de uma sala, abrir/fechar portas, regular o ar condicionado etc. – e que custam uma fração do valor cobrado por um sistema de automação. Este, entre outras características, exige um projeto e a instalação de uma central de controle, devidamente programada.
Será que soluções simples e baratas demais funcionam? Com certeza, têm alguma utilidade. E são uma espécie de porta de entrada para a automação mais ampla. Muitas lojas anunciam uma soundbar como “sistema de home theater”, escondendo do consumidor o fato de que aquilo é apenas uma simulação de efeitos sonoros; pode cumprir essa tarefa com eficiência, mas será sempre um simulador, baseado em software, não em qualidade de áudio.
O mesmo pode ser dito, em certa medida, das soluções “milagrosas” em automação residencial. Como tudo em eletrônica, há uma avalanche de produtos chineses prometendo maravilhas a baixo custo, e uma quantidade enorme de usuários mal informados achando que levam vantagem em adquiri-los. Pode até ser. Mas quem age assim perde o direito de reclamar depois. Afinal, tudo que é melhor tem seu preço. E quem não paga na entrada quase sempre acaba pagando (mais) na saída.
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