copa sincronizadasAcontece a cada quatro anos, mas desta vez a Copa do Mundo será mais do que especial. Para os brasileiros, não há como negar: estamos todos tomando um “choque de realidade”, ao constatar que o esporte mais popular está servindo para mostrar as diversas faces do país. Como já comentamos aqui, o famoso ‘legado da Copa’ já está definido, não importando se nossa seleção terá ou não um bom desempenho.

Mas, falando especificamente de tecnologia, é inegável também que a Copa 2014 já está deixando suas marcas – mesmo antes da bola rolar. Como de hábito, o evento está servindo de palco para uma impressionante demonstração de avanços técnicos, incluindo alguns inéditos, dentro e fora dos campos. Dentro, teremos pela primeira vez o recurso que a Fifa chama GLT (Goal-line Technology), que servirá para confirmar quando a bola passar a linha fatal do gol. Nada menos do que 14 câmeras de altíssima velocidade estarão montadas em cada estádio da Copa, sete delas sobre cada meta: quando a bola entrar, o juiz será avisado por um sinal eletrônico em seu relógio de pulso.

Esta será também a Copa do 4K, como já adiantamos aqui, embora essa inovação esteja restrita a alguns privilegiados. E será, com certeza, a primeira Copa totalmente transmitida em Full-HD, para mais de 180 países, com um total de 224 câmeras espalhadas em vários pontos de cada estádio. Duas delas trabalharão sincronizadas (como na foto acima), permitindo que as emissoras autorizadas pela Fifa mostrem o campo todo, numa única tomada (num TV 21:9, essa visão é impactante).

Quem quiser nem precisará utilizar um televisor para assistir aos jogos. Esta será também a primeira Copa totalmente digital, com os sinais da Fifa circulando pela internet em suas mais variadas formas. A HBS, empresa suíça que gerencia a cobertura, prevê colocar no ar cerca de 2.500 horas de conteúdo relacionado ao evento, incluindo os jogos e os replays dos lances mais importantes. Você poderá captar as imagens em seu smartphone, por exemplo, e replicá-las pelo Facebook, Twitter etc., desta vez sem os incômodos criados pela Fifa na Copa de 2010, quando a questão dos direitos de internet ainda gerava dúvidas.

Claro, a Fifa depende de seus patrocinadores, e estes precisam de visibilidade. Que tal 2,5 milhões de streams de vídeo por segundo? Essa é a estimativa da entidade.

Para completar, há o material que o próprio público irá produzir dentro dos estádios, sobre o qual não há controle possível. Haverá, sim, dificuldades: as redes Wi-Fi nos estádios funcionarão de modo precário, com prioridade para os órgãos de mídia e os patrocinadores da Copa. As redes 3G e 4G… bem, estas, se já não são grande coisa em dias normais, o que esperar nos próximos 30 dias?

Aqueles que desejarem compartilhar esses momentos únicos terão que contar com boa dose de sorte – tanto ou mais quanto os atletas correndo atrás da bola. E quem quiser saber mais detalhes sobre a tecnologia que envolve a Copa 2014 pode ler este artigo.

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