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Atmos: o som sobre nossas cabeças

Transformers: A Era da Extinção, Planeta dos Macacos: o Confronto e a nova versão das Tartarugas Ninja são os três primeiros filmes lançados nos cinemas, em vários países, com processamento de áudio Dolby Atmos. Trata-se de mais um avanço em relação aos softwares que ampliam a sensação de envolvimento do espectador. Começou lá atrás com o áudio mono, passou pelo estéreo, surround e, com a chegada dos recursos digitais, o céu passou a ser o limite.

 

 

Segundo a Dolby, que aliás produziu este belo vídeo para explicar a evolução, os cinemas equipados com processadores Atmos devem aumentar o número de caixas acústicas de modo a preencher todos os espaços da sala, como no desenho ao lado (as caixas azuis ficariam no alto). Mas a grande notícia é que em breve estarão no mercado players e receivers compatíveis com o novo codec. Onkyo, Pioneer e Integra foram os primeiros fabricantes a adquirir a licença; a primeira até já anunciou que em setembro coloca no mercado internacional um receiver (mod. TX-NR3030) com 11.2 canais de áudio; vai também liberar atualizações para modelos da linha atual.

Mais: até o final do ano devem sair os primeiros filmes em Blu-ray com a codificação Atmos, informa a Dolby, que se mostra animadíssima com sua nova patente. “Os players atuais nem precisarão de atualização”, garantiu o diretor de pesquisas da empresa, Brett Crocket, ao site da revista Twice. “O código Atmos é liberado pelo player através dos conectores HDMI. Logo devem sair também sistemas de home theater, caixas acústicas e até soundbars compatíveis”.

Será empolgação demais? Talvez. Aparentemente, o que esse codec faz é separar determinados sons (escolhidos pelo diretor do filme ou por seu engenheiro de áudio) para “flutuar” pelo ambiente de forma mais natural e convincente que os atuais simuladores. As caixas acústicas poderão ser instaladas no teto e espalhar os sons pela área mais alta da sala, num efeito multidimensional.

Essa é a teoria. Na prática, quase nem temos ainda filmes gravados em 7.1 canais, justamente porque os produtores não acham compensador o investimento. Vamos ver se agora eles mudam de ideia.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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