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As leis dos mais fortes

Nesta quinta-feira, foram anunciados os finalistas do prêmio Emmy, o chamado “Oscar da TV”. E, como no ano passado, duas empresas de internet se destacaram: Netflix e Amazon. Deixaram de ser meras distribuidoras de conteúdos e se transformaram em produtoras (ou coprodutoras, dependendo da ocasião), inclusive com estúdios próprios em Hollywood, Nova York etc.

Se alguém deduziu que isso significa uma tremenda mudança na indústria do entretenimento, acertou. A cada nova temporada de House of Cards ou Orange Is The New Black, confirma-se que o poder nessa área está mudando de mãos.

Só há um problema: o lucro (ou falta de). Já vimos esse filme antes – aliás, poderia ser uma série em dezenas de capítulos. Empresas de internet expandem incrivelmente sua audiência, atraem investimentos “no futuro”, mas continuam no vermelho. Assim funciona o YouTube, por exemplo.

Esta semana, a Netflix anunciou seus números do segundo trimestre: 65 milhões de assinantes (ano passado, era 52 milhões), sendo 23 milhões fora dos EUA; aumento de 22% no faturamento (US$ 1,64 bilhão); e queda de 63% no lucro operacional (US$ 26 milhões).

Diz o CEO e fundador da empresa, Reed Hastings, que por enquanto a ideia é investir em conteúdos próprios – como as duas séries citadas – e que só a partir de 2016 é que os investidores poderão pensar em recuperar seu dinheiro.

É um discurso corajoso, e raro na indústria, de alguém que pelo visto sabe o que está falando e com quem está lidando. Vamos ver os próximos episódios.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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