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Panasonic reduz seu mercado de TVs

Durante a CEATEC, feira internacional de tecnologia que aconteceu no Japão no início do mês, a Panasonic – que tinha um dos maiores estandes do evento – anunciou uma mudança de estratégia para o mercado brasileiro. A repórter Denise Neuman, do jornal Valor Econômico, que estava presente, relatou as palavras do presidente da Panasonic do Brasil, Michikazu Matsushita: crescer com menos TVs e mais linha branca, além de apostar no segmento B2B (soluções para empresas).

A intenção, segundo ele, é diminuir a participação na linha marrom, que sempre foi o forte da Panasonic aqui, e ao mesmo tempo aproveitar o potencial de refrigeradores, lavadoras, fogões etc. Há três anos, o grupo abriu fábrica para isso na cidade de Extrema (MG), com incentivos do governo mineiro. “É um mercado com muito potencial”, diz Matsushita. “A penetração de máquinas de levar nas casas é de apenas 40%”.

Ele valoriza os ganhos de escala com a produção nacional, lembrando que sua capacidade de oferecer produtos diferenciados da concorrência é muito maior do que, por exemplo, em TVs, segmento em que os aparelhos são muito similares. A Panasonic foi uma das primeiras do setor eletroeletrônico a investir em tecnologias de redução do consumo de água e energia, ainda no final do século passado (vimos isso de perto no Japão, vejam aqui). E Matsushita acha que suas geladeiras e lavadoras podem atrair o consumidor por aí.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • É uma pena, pois nenhuma Samsung, LG, Semp/Toshiba ou qualquer outra chega perto da imagem de uma Panasonic. Reinaram absolutos na época do Plasma. Mas tudo tem seu tempo. A tecnologia avança e os fabricantes Japoneses focaram apenas na alta qualidade dos seus produtos, e esqueceram que o consumidor quer a combinação de preço/qualidade e nisso os coreanos se deram bem. A outrora gloriosa e dominante indústria de áudio japonesa (Sansui, Kenwood, Pioneer, etc.) passou por isto e fecharam todas ou foram vendidas para os chineses. A história se repete.
    Eng. Sergio Haussmann

  • Concordo!

    Realmente uma pena. Será uma escolha dificil agora substituir a minha bela TV de plasma da Panasonic.

    Assino embaixo do comentario do colega Sergio.

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Orlando Barrozo

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