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Netflix reduz a oferta de filmes e séries

Oferecer menos para ganhar mais. Assim pode ser resumida a nova estratégia da Netflix, segundo um relatório divulgado na semana passada pela AdvancedMedia, agência de consultoria em marketing e mídia. Em pouco mais de dois anos, o serviço reduziu em 34% (de 1.609 para 1.197) o número de séries disponíveis, que são, de longe, seu principal atrativo para os assinantes; e a oferta de filmes caiu quase 50%, de 6.494 para 4.335 títulos.

Existem duas explicações, dizem os consultores. A primeira é que o custo dos direitos sobre os conteúdos vem aumentando expressivamente, conforme cresce a audiência de serviços concorrentes do Netflix; nos EUA, os dois principais são Amazon e Hulu. Já comentamos aqui que um dos maiores desafios dos provedores de vídeo online, inclusive Netflix, é fechar as contas. O conceito é cobrar pouco pela assinatura, mas se o número de usuários se expande torna-se mais complicado então manter a estrutura de rede. No fundo, é um dilema que afeta toda a internet.

Mas a segunda explicação talvez seja mais decisiva: reduzindo a oferta de títulos, diminui-se a quantidade de dados trafegando pela rede e minimizam-se os “gargalos” que alguns assinantes enfrentam. Segundo o estudo, os administradores do Netflix estão renegociando os direitos na compra de séries, preferindo pagar aquelas que atraem mais público. E, enquanto isso, esperam a estreia de mais produções próprias como House of Cards e Orange is the new black. Algumas delas estão neste link.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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