Como já aconteceu algumas vezes entre grandes corporações, a iniciativa da Samsung pode ser considerada no mínimo ousada. Só para citar dois casos: Google-Motorola e Microsoft-Nokia. Também foram acordos bilionários, que no médio prazo revelaram-se fracassados.
O que teria levado a Samsung a fazer oferta tão irrecusável? As duas hipóteses mais plausíveis: havia um concorrente em ação e era necessário impedi-lo; ou a direção do grupo coreano precisava de uma medida tão impactante para neutralizar as consequências da crise com os smartphones Galaxy Note 7, cuja fabricação foi suspensa.
Se, ao ler “concorrente”, você pensou na Apple, a dedução é lógica. Ninguém no mundo atual ameaça mais a supremacia da maçã do que a Samsung. Mas a segunda possibilidade é, por enquanto, a preferida dos analistas de mercado. Seja como for, se o negócio for concretizado, será um passo e tanto para os coreanos dominarem o concorridíssimo segmento de carros conectados e, por tabela, também o de IoT.
Para outros, é uma surpresa também o próprio fato da Samsung comprar uma empresa tão grande como a Harman, fundada em 1953. Embora alguns sites a reconheçam “apenas” como fabricante de sistemas automotivos (hoje, quase 70% das receitas do grupo vêm desse setor), a Harman é o maior fabricante mundial de alto-falantes, com sua marca JBL ou fornecendo para outras marcas. É fortíssima em sistemas de áudio profissional e instalações gigantes, como estádios, arenas etc. Possui nada menos do que 8 mil engenheiros de software! Além disso, adquiriu em 2014 a AMX, que produz sistemas de automação (seu maior cliente é o governo americano) e vem crescendo na área de nuvem e tecnologias móveis. Recentemente, alterou sua identificação da antiga Harman International para “Harman Solutions”. Seu faturamento anual é de US$ 6,9 bilhões. Mais detalhes aqui.
“A compra faz todo sentido para nós”, disse à agência Reuters o CEO da Samsung Electronics, Young Sohn. “Chegamos à conclusão de que não temos mais por onde crescer de forma orgânica, ou seja, simplesmente atuando em nosso segmento”.
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