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Apple agora muda o mercado de cinema

Várias fontes indicam que está para acontecer uma pequena revolução no mundo do cinema. Em discussão, a chamada “janela” entre o lançamento dos filmes nos cinemas, vídeo, TV e internet. Durante décadas, prevaleceu a ideia de que era preciso atingir o máximo de bilheteria antes que as pessoas pudessem ver os filmes em casa. Era assim na época do VHS e, depois, do DVD. Na maioria dos casos, um filme só chegava ao mercado de vídeo pelo menos seis meses após o lançamento nos cinemas. Com isso, os estúdios faturavam duas ou três vezes mais. Só que a internet virou esse mercado de cabeça para baixo.

Na semana passada, foram reveladas negociações entre a Apple e alguns dos maiores estúdios de cinema. Fox, Warner e Universal agora admitem reduzir (ou até eliminar) as janelas para permitir o lançamento dos filmes no iTunes. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a empresa fundada por Steve Jobs apressou as conversas para não dar espaço a concorrentes como Google, Amazon e Netflix, que não por acaso tiveram a mesma ideia. A proposta é reduzir a janela dos atuais 90 dias para duas semanas, cobrando um valor extra pelo streaming.

Basicamente, é o modelo de sucesso criado pela própria Apple para o segmento de música, mas que os estúdios de cinema nunca aceitaram. No entanto, em todo o mundo as receitas das redes exibidoras vêm caindo continuamente, como mostra este outro site. E há ameaças no ar. Meses atrás, Sean Parker, um dos gênios fundadores do Napster, anunciou a criação de um serviço de VoD chamado Screening Room, no qual os usuários poderiam assistir aos filmes em casa no mesmo dia da estreia nos cinemas. No mesmo dia!!!

Numa época em que aplicativos e serviços online tomam conta dos negócios, é bom não arriscar.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Não seria mais adequado o título "Apple PODE mudar o mercado de cinema"? Afinal, nada ainda está disponível para o
    consumidor ou afetando nesse momento o mercado.

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