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Smart Home: moda ou tendência?

Vários estudos têm sido divulgados nos últimos meses sobre o segmento de casas conectadas. Novos produtos surgem a todo momento, inclusive nas redes de varejo, a custo mais acessível, permitindo que mais pessoas os conheçam e experimentem. No entanto, algumas pesquisas apontam que, mesmo no mercado americano, ainda há muitas dúvidas entre os consumidores sobre o conceito smart home e os benefícios que proporciona.

No Brasil, a crise econômica compromete qualquer tipo de análise de médio prazo. Quando a prioridade passa a ser preço, todos os outros fatores envolvidos numa compra desse tipo ficam prejudicados. Um bom exemplo está na iluminação por leds. É consenso que esses dispositivos são mais eficientes, confiáveis e duram mais. Só que, na loja, ao constatar que as lâmpadas tradicionais custam quatro ou cinco vezes menos, o comprador deixa de lado esses atrativos.

No mundo da tecnologia, cada vez fica mais claro que a integração entre os aparelhos é um caminho sem volta. Facilita a vida do consumidor, potencialmente reduz o desperdício e o consumo de energia, e simplifica também os processos de produção, resultando em custos mais baixos. Apesar de todo o alarde em torno da Internet das Coisas (IoT), que ainda é uma solução incipiente (há sérias questões de segurança e confiabilidade na maioria dos produtos), é fato que essa será a grande revolução tecnológica nos próximos anos.

Para ilustrar, repasso aqui um gráfico produzido pela consultoria americana McKinsey, com o sugestivo título There’s No Place Like (a Connected) Home – tradução: “Não existe lugar como uma casa (conectada)”. Eles entrevistaram cerca de 3 mil famílias para verificar até que ponto o conceito smart home está sendo compreendido e quais as dificuldades para sua adoção. Vale a pena conferir a produção em formato gif (vejam o link), mas destaco alguns tópicos:

“Muitos consumidores ainda não entendem o valor dos produtos conectados, e mesmo os early adopters (que já compraram) vêm tendo experiências às vezes frustrantes.

“As áreas da casa onde recursos smart estão sendo mais usados são: eficiência energética, entretenimento, controle de acesso, segurança, conectividade e agendamento de tarefas.

“Recursos como controle por voz e inteligência artificial, em que os aparelhos ‘aprendem’ as rotinas da casa, são muito bem-vindos pelos usuários.

“O número de casas conectadas nos EUA, que era de 17 milhões em 2015, subiu para 22 milhões no ano passado e deve chegar neste a 29 milhões.

“O usuário médio de dispositivos smart enfrenta dificuldade para conectá-los, pois as interfaces são complexas, e isso acaba levando-o a desistir.

“Boa parte das marcas não consegue se diferenciar perante o usuário, o que resulta em margens muito baixas para estimular novos investimentos. E estes precisam ser maiores na comunicação com o público para explicar os benefícios dos produtos”.

Sobre o mesmo assunto, recomendo estas leituras:

Integradores: como superar a crise?

Hiperconvergência, um novo conceito nas empresas

Automação: quem sabe o que é?

Cuidado para não ser engolido

Como ter em casa uma rede à prova de futuro

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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Orlando Barrozo

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