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Google x Amazon: a guerra da voz

Google e Amazon não participam das principais feiras de tecnologia (Apple também não), mas estão sempre lá. Não foi diferente na CES, em janeiro, nem na ISE, semana passada. Foi impossível contar o número de estandes em que os chamados “assistentes de voz” das duas gigantes estavam sendo demonstrados. É uma guerra nada silenciosa.

Voice assistant (VA) é a definição genérica para os dispositivos portáteis sem fio que, a partir de frases ditas pelo usuário, executam uma série de funções. A tecnologia de reconhecimento de voz não é nova; os primeiros estudos documentados datam da década de 1930. Mas Google e Amazon vêm avançando rapidamente nas aplicações, depois de adquirirem startups dedicadas ao tema. Google Home e Amazon Echo (foto) são os dois produtos mais badalados dessa safra atualmente.

Ambos funcionam a partir do mesmo princípio: pequenas caixas acústicas, de perfil cilíndrico, com sensores para captar áudio e microfalantes para distribuir o sinal em modo omnidirecional. Com o aperfeiçoamento dos aplicativos, passaram a integrar recursos básicos de automação, como controle de luzes, temperatura, portas e janelas. Nas feiras de tecnologia, fabricantes têm demonstrado que também é possível fazer/receber ligações telefônicas através desses aparelhos, usando a própria internet. E as novas versões “entendem” comandos de voz para, por exemplo, chamar o Uber, checar informações sobre filmes, pedir uma pizza e até cantar “parabéns a você”!!!

As diferenças entre Google Home (15cm de altura x 9cm de diâmetro) e Amazon Echo (23 x 7cm) começam no uso de seus respectivos sistemas operacionais. No primeiro, a empresa desenvolveu um aplicativo específico – o Google Assistant – para integrar as funções de seus outros produtos, como Google Play, YouTube e Chromecast. A Amazon, que saiu primeiro nessa corrida (2014) e já lançou várias versões de seu aplicativo Alexa, tenta conquistar o consumidor também com conteúdos variados, inclusive os vídeos da Amazon Prime, concorrente do Netflix.

Tudo, como se vê, está relacionado ao conceito de smart home, agregando o máximo possível de funções e caprichando na facilidade de operação. Não por acaso, a Crestron – líder mundial em automação – já incluiu o Alexa entre seus apps; um belo apanhado sobre os recursos do assistente da Amazon pode ser visto aqui.

Aliás, este vídeo do YouTube mostra um comparativo entre os dois produtos.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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