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Um novo escândalo na Oi?

O presidente da Anatel, Juarez Quadros, e sua equipe técnica precisam de apoio – de toda a opinião pública – em sua luta para não aliviar as contas da Oi. Um tenebroso script foi preparado pelos acionistas, e por parte dos credores, para obrigar o governo a cobrir o rombo da operadora, que já ultrapassa a casa dos R$ 64 bilhões.

Os ruídos a respeito desse potencial “novo escândalo” são ouvidos aqui e ali no mercado. Na última terça-feira, houve bate-boca intenso entre dirigentes da agência e representantes dos grupos Pharol, herdeiro da Portugal Telecom, e Societé Generale, francês mas liderado no Brasil pelo polêmico investidor Nelson Tanure. A repórter Miriam Aquino, do site TeleSíntese, fez um resumo da reunião. Os distintos acionistas querem que a Anatel abra mão das multas já aplicadas à Oi por falhas no atendimento e na cobertura, que totalizam mais de R$ 11 bilhões. E sugerem que o BNDES seja chamado, pela enésima vez, para ajudar a financiar a empresa!!!

Em entrevista ao site da revista Época Negócios, o presidente da operadora, Marcos Schroeder, mostrou o tamanho do problema. Foi apresentado à Anatel um plano de capitalização envolvendo investimentos de R$ 8 bilhões, mas os acionistas só querem entrar com R$ 2 bi; o restante viria de algum investidor ainda não encontrado. Enquanto isso, prossegue na Justiça a recuperação judicial da Oi, e acreditem: há um movimento no Congresso visando ajudar a empresa com dinheiro público.

A esta altura, é quase impossível calcular quanto dinheiro do contribuinte já foi jogado na Oi, entre BNDES, Banco do Brasil, Caixa e fundos de pensão, desde 2007, quando o ex-presidente Lula decidiu fazer dela uma “campeã”. Bancos, ex-funcionários e a já citada Anatel estão entre os credores listados no processo judicial, que até hoje não viram a cor do dinheiro. Lula, pelo menos, ganhou uma antena da Oi naquele sítio de seu amigo em Atibaia. 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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