O alerta já fora feito por alguns especialistas, e a concorrente Samsung encarregou-se de espalhar: TVs OLED apresentam burn-in após algum tempo de uso. Agora, quase quatro anos depois dos primeiros lançamentos em escala, surgem alguns sinais de que o risco pode ser real. Alguém filmou displays LG OLED expostos durante o evento SID Display Week, realizado em Los Angeles em maio, e vazou as imagens para o site especializado ZD NET, que agora relata os detalhes. 

Para quem se lembra dos TVs de plasma, burn-in é o nome técnico da retenção de marcas que permanecem na tela após algum tempo exibindo a mesma imagem. Era comum, por exemplo, em programas de entrevistas, eventos, telejornais ou conteúdos onde um logotipo é fixado (geralmente num canto da tela). Os fabricantes de plasma demoraram a resolver o problema. 

O que acontece agora é um pouco diferente. No evento, a empresa americana Nanosys, dona de uma das patentes dos painéis de pontos quânticos (QD), concorrentes diretos dos painéis orgânicos (OLED), usou em seu estande um TV LG de 2017 ao lado de um Samsung QLED 2018 para demonstrar as diferenças.  Já no primeiro dia de exibição, após ficar ligado oito horas seguidas, o OLED apresentava a imagem abaixo, registrada por um coreano de nome Cho Mu-youn, que não se sabe para que time torce… a imagem nas primeiras horas era a que vemos no início deste post.

Segundo o site, não é a primeira vez que se documenta burn-in em displays OLED. No próprio aeroporto Suncheon, em Seul, a LG havia instalado no início do ano painéis gigantes para promover a tecnologia, que depois de três meses tiveram que ser substituídos por painéis LCD, informa o ZD NET (curiosamente, imagens feitas pelo mesmo Mu-youn).

Vale lembrar que, no início do ano, o respeitado site RTings.com – famoso por suas rigorosas análises de produtos eletrônicos – realizou o primeiro teste extensivo para verificar a ocorrência de burn-in em TVs OLED. Após três meses de análises, concluiu que de fato há problemas de retenção. Consultados, técnicos da LG disseram que os modelos usados na avaliação estavam com defeito de fabricação. Oficialmente, a empresa informou que seus TVs OLED mantêm a qualidade da imagem por até 30.000 horas de uso (algo em torno de dez anos), mas não quis dar mais detalhes.

Aqui no Brasil, já fizemos vários testes com TVs OLED, e não só da LG – Panasonic e Sony utilizam painéis fornecidos pela empresa coreana. Nenhum problema apareceu. Também não recebemos até hoje uma reclamação nesse sentido. Se o burn-in for mesmo uma característica da tecnologia OLED, o que ainda não está provado, certamente vão aparecer outros casos. Vamos acompanhar.

2 thoughts on “Burn-in: os primeiros sinais em displays OLED

  1. Tenho TV Panasonic e fiquei com receio… Tomara que nao apresente problemas!

  2. Boa tarde.

    A minha Oled 55EG9600 vai fazer 3 anos em setembro e zero burn-in.
    Média de uso: 6h/dia

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