Diz a agência de notícias Bloomberg que, nos EUA, pais estão levando seus filhos para clínicas de rehab por causa de um jogo gratuito chamado Fortnite, lançado no ano passado. O jogador é desafiado a participar de “batalhas” online enfrentando até 100 adversários, até que sobre apenas um – o campeão. Especialistas comentam que é irresistível, alguns chegando a comparar com heroína e outras drogas.
A reportagem entrevistou pais e mães aflitos, que agora recorrem a casas de reabilitação. Pelo visto, são clínicas que atuam de modo similar àquelas voltadas para alcoólatras, tabagistas e outros dependentes químicos: o paciente precisa ser afastado totalmente de tudo que se relacione ao seu vício, o que, em se tratando de games, significa não ter contato com nenhum tipo de tela de vídeo. Duro, não?
Mas o Fortnite não ameaça apenas crianças e adolescentes. Os repórteres apuraram que nada menos que 200 milhões de pessoas já se cadastraram no site da Epic, produtora do jogo, transformando-o num negócio bilionário. Na Inglaterra, um serviço online de divórcios – não sabia que isso existia – registrou este ano 200 casos em que o jogo foi citado como causa da separação.
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Que exagero triste. Há uma constante na história recente (último século talvez), pais sempre vão procurar se eximir da responsabilidade, culpando as histórias em quadrinhos, o rock, a TV, o computador, o celular e videogames pelas disfunções de seus filhos.
Videogames não viciam mais do que qualquer outra atividade divertida / prazerosa. Tudo em excesso faz mal, mas nem todos conseguem ou querem se controlar.
É verdade que muitos jogos gratuitos usam técnicas de controle de comportamento para explorar os mecanismos de vício dos humanos, mas isso é muito mais comum nos jogos para celular.
Em resumo, cabe à sociedade / estado / lei estipular um sistema de classificação etária, cabe aos pais educar e controlar seus filhos.