Como temos comentado aqui nos últimos dias, a CES 2019 confirmou a tendência da integração entre as redes, não importando a origem do sinal e suas características. Praticamente desaparecem as incompatibilidades entre sinais AV, dados, voz, automação e o próprio broadcast, já que até as emissoras estão migrando para a internet.

Não foi coincidência que vimos em Las Vegas uma infinidade de empresas de telecom e de soluções para redes, demonstrando todo tipo de dispositivo híbrido. Não tem mais volta. Um caso típico é o da taiwanesa D-Link, líder mundial em roteadores que aproveitou a CES para apresentar sua estratégia de aproximação com o segmento de automação. A empresa aposta que o roteador será, cada vez mais, um item de primeira necessidade e, mais, que irá se conectar a todos os outros aparelhos da casa. Não por acaso, os modelos que mostrou se comunicam via Wi-Fi, Zigbee e Z-Wave, por enquanto.

Esse fenômeno – a aproximação entre os setores de redes e de automação – explica também uma notícia divulgada aqui no Brasil na semana passada: a compra da distribuidora Munddo, famosa pelos dispositivos Fibaro, pela WDC Networks, uma das principais fornecedoras de soluções em redes e telecom no país.

Fundada em 2003, a WDC vem tendo crescimento fora do normal nos últimos anos. Em agosto, incorporou a Axyon, e agora, com a Munddo, pretende propor nos segmentos de áudio, vídeo e automação, um novo modelo de negócios baseado em SaaS (Software as a Service): em vez de comprar um sistema, o usuário faz uma espécie de leasing, pagando um valor fixo mensal. 

Funciona há anos nos EUA, e aqui terá de ser testado. Pode ser uma das grandes novidades neste ano que se inicia.

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