Ainda ecoam no mercado brasileiro os efeitos do lançamento, no início de setembro, do Amazon Prime. Naquele dia (10/09), caíram na Bolsa as cotações das principais redes varejistas brasileiras: os investidores interpretaram que aquilo era um golpe violento nas perspectivas desses grupos, com base no raciocínio “quem pode segurar a Amazon?”. Nesta quarta (02/10), a notícia de um acordo entre Amazon e Disney deve ter causado arrepios em muito mais gente.

Como se sabe, o segmento de video streaming vive um momento de tensão em todo o mundo, com a chegada de dois “cachorros grandes”, Apple e Disney. Ambas buscam roubar mercado da Netflix, mas sua ação pode ter efeitos danosos também para os demais serviços de filmes online. Inclusive a própria Amazon. Seu acordo com a Disney é mais um movimento nessa corrida.

Pelo que foi divulgado, o Amazon Prime – lançado no Brasil por um preço mensal inferior ao da Netflix (R$ 9,90) – passa a oferecer diversos títulos da Disney, em caráter de exclusividade. Detalhe: no dia 12/11, estreia o Disney+, como relatamos aqui, mas que só estará disponível para os brasileiros no final de 2020, ou talvez 2021. Ou seja, até lá o Amazon Prime vai poder crescer por aqui com ajuda dos super heróis aliados ao Mickey.

É mais um lance na estratégia agressiva da Amazon no Brasil. O Prime não é apenas uma ameaça ao Netflix. Na compra de qualquer item, o usuário “ganha” acesso ilimitado aos filmes da plataforma, além de títulos variados em música, jogos, livros e revistas. Quem assina apenas o Prime Video paga R$ 14 por um catálogo que, se não é igual ao do concorrente (tem muito menos séries e filmes), deve crescer daqui para frente. 

E há a enorme quantidade de itens físicos que a Amazon oferece, prometendo entrega mais rápida e até frete gratuito. Competir, quem há de?

2 thoughts on “Amazon + Disney, uma aliança e tanto

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