A mídia em geral deu pouco destaque a um comunicado distribuído no início do mês pelo FBI, sobre o que chamou de “vulnerabilidade” das TVs smart em geral. É um alerta importante, dada a enorme quantidade de vírus circulando por aí. Como se sabe, os TVs atuais são “computadores com imagem”. Quase todas as funções são comandadas por processadores de 2, 4 e até 8 núcleos. Também podem, portanto, ser contaminados. E a melhor forma de prevenção é manter o hábito de trocar senhas e checar sempre a origem dos conteúdos que você exibe na sua tela.

Mas o alerta do FBI vai muito além de vírus convencionais. A preocupação é com cybersegurança! Como alguns TVs vêm com câmeras e/ou microfones embutidos, os agentes acham que essa pode ser uma porta de entrada para hackers. Vejam este trecho do comunicado: “É possível que seu TV desprotegido leve o invasor à rede da casa, através do roteador. Na melhor hipótese, eles podem interferir nas transmissões e até exibir vídeos impróprios para seus filhos. Mas, na pior, conseguirão entrar nas câmeras de segurança da casa e nos microfones das TVs para espionar você silenciosamente”.

O relatório não menciona Alexa, Google e demais dispositivos de comunicação sem fio, mas nem é necessário: fica implícito que, nesses aparelhos, o risco é ainda maior. Ao final do texto – vejam o original aqui – há algumas orientações básicas de proteção:

*Não confiar apenas nas configurações de segurança fornecidas pelos fabricantes;

*Procurar conhecer todos os recursos de conexão do aparelho e aprender a desativá-los;

*Bloquear câmeras e microfones embutidos na TV quando não estiverem em uso, nem que seja com uma fita adesiva;

*Habituar-se a trocar as senhas de acesso da TV (se houver), do roteador e dos demais dispositivos que você utiliza com a TV (smartphone, por exemplo).

Mas uma recomendação final é típica de espionagem: verificar também as configurações de segurança dos aplicativos instalados na TV, descobrir quais dados eles coletam, como armazenam e o que fazem com essas informações. Só faltou sugerir que cada consumidor, ao comprar seu TV, contrate também um agente secreto igual àqueles dos filmes.

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