Infelizmente, sou obrigado aqui a retomar o tema mais dramático da atualidade para situar os leitores diante do problema. No caso, atualizar em relação à indústria eletrônica, que tenta se adaptar à realidade da pandemia. Fábricas paradas na China, como relatamos aqui dias atrás, foram apenas o primeiro sinal de alarme. Agora, o vírus começa a afetar o comércio em alguns países que adotam restrições à circulação de pessoas em espaços como shoppings, museus e aeroportos.

O setor de eventos segue registrando baixas. Nesta 4a, foi anunciado o adiamento da DSE (Digital Signage Expo), maior evento mundial de soluções para sinalização digital, que abriria em Las Vegas no próximo dia 31 (na foto, o evento do ano passado); na véspera, já tinha sido cancelada a edição 2020 da NAB (National Association of Broadcasters), marcada para 18 a 22 de abril, também em Las Vegas.

E a decisão do governo americano de proibir a entrada de estrangeiros vindos da Europa na prática elimina a chance de realização de eventos internacionais no país (a proibição vale em princípio só para este mês). Vejam outros eventos de tecnologia já oficialmente cancelados ou adiados, apenas nos EUA:

E3 Expo – Principal evento mundial de videogames, marcado para junho em Los Angeles.

SXSW (SouthbySouthwest) – Evento de tecnologia e inovação realizado sempre em março na cidade de Austin (Texas).

Enterprise Connect – Exposição e Congresso de tecnologias empresariais, que seria nesta semana em São Francisco, foi adiado para agosto.

Também foram cancelados eventos corporativos de gigantes como Google, Apple, Microsoft, Dell, Cisco, Adobe, IBM e Facebook, além de uma convenção da CEDIA voltada a integradores de sistemas residenciais. 

A propósito, o New York Times fez um levantamento do impacto do coronavírus sobre os segmentos educacional, cultural e esportivo. Além da suspensão (talvez definitiva) da temporada de basquete da NBA, o jornal revela que os talk-shows noturnos das três principais redes de TV americanas (ABC, CBS e NBC) passam hoje a ser realizados sem os tradicionais auditórios. E que a Universidade Harvard determinou a todos os alunos deixarem imediatamente seus dormitórios; a partir de 2a feira, as aulas serão todas online, até o fim do semestre. 

O vírus atinge também Hollywood, sob ameaça de queda violenta nas bilheterias justamente no momento em que começam a ser lançados alguns dos principais blockbusters do ano. Foram adiadas as estreias, por exemplo, de No Time To Die (o novo James Bond) e The Fast Saga, a nona aventura da série Velozes e Furiosos (esta ficou para 2021). 

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