O título acima talvez não seja preciso. Sharp e NEC continuam sendo grandes corporações japonesas. O problema é que perderam foco e acumularam prejuízos nos últimos anos, daí por que podem ser chamadas de “ex”. Nesta quarta-feira, foi anunciado em Tóquio que a Sharp Corporation (hoje pertencente à chinesa Foxconn) está assumindo o controle da NDS (NEC Display Solutions), a divisão de digital signage do grupo NEC.

Não foram revelados números, apenas os comunicados protocolares sobre a “sinergia” entre as duas marcas que fazem parte da história da tecnologia japonesa, junto com Sony, Panasonic, Mitsubishi e Toshiba, entre outras. Como se sabe, chineses e principalmente coreanos tomaram conta do segmento audiovisual na última década, e agora joint-ventures como essa parecem ser a única saída para o Japão.
Embora siga sendo forte no mercado asiático de consumo, a Sharp perdeu espaço na Europa e América do Norte. Ao comprá-la em 2016, a Foxcon talvez esperasse melhores resultados no segmento business, mas não é o que vem ocorrendo. Para se ter ideia, a Sharp foi uma das primeiras a vender no Japão displays 8K, cerca de dez anos atrás. Hoje, ainda tem dificuldades para competir no B2B até mesmo com 4K.

Já a NEC Corporation tem negócios abrangendo praticamente todos os setores da economia mundial, da aviação à fibra óptica, do software ao armazenamento de dados. Sua divisão de displays é minúscula nesse contexto, e certamente não vem dando lucro, ou não seria vendida. A NDS produz displays e projetores que sofrem a avassaladora concorrência de coreanos e chineses. Talvez consiga se reerguer juntando-se à Sharp. Teremos que esperar para ver. 

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