Na verdade, o setor de TV por assinatura não está mesmo em condições de fazer caridade. E já faz tempo. As estatísticas da consultoria Teleco, sempre baseadas em informações da Anatel e das operadoras e programadoras, revelam que, nos 12 meses encerrados em fevereiro, o mercado como um todo perdeu 1,9 milhão de assinaturas; desde 2015, a queda foi de quase 5 milhões. Com a quarentena, muito mais gente passou a assistir aos canais pagos porque o acesso foi franqueado. Mas, e aí é que mora o grande problema, cresceu também a oferta de canais piratas.
Mais do que a queda nas vendas, essa é hoje a grande dor de cabeça para o setor, que se vê impotente para concorrer com um inimigo desse porte. Os dados mais recentes indicam que de 4,5 a 5 milhões de famílias são atendidas hoje por equipamentos ilegais, alguns dos quais podem ser comprados até mesmo em grandes lojas virtuais do varejo tradicional. Com a queda de renda inevitável por causa da pandemia, é provável que esse número esteja aumentando.
Outro jornalista muito bem informado, Samuel Possebon, do site Tela Viva, mostra que em março mais 89 mil assinantes saíram do mercado – isso, apesar de haver muito mais gente em casa, quebrando recordes históricos de audiência em TV. Com sua massiva cobertura da pandemia, o canal Globo News – que havia sido o 7o em 2019 – saltou para a liderança em março, deixando para trás Viva e Cartoon. Só que isso não se converteu em mais assinaturas pagas, até porque o sinal estava liberado.
O grande teste será a partir do dia 10, quando somente assinantes poderão sintonizar determinados canais. Sim, a TV paga enfrenta ainda a concorrência de Netflix e similares. Sobre isso falaremos nos próximos dias.
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