Existem inúmeras histórias de crises e calamidades que, por mais dolorosas, acabaram trazendo benefícios à Humanidade. Em meu livro “Os Visionários”, contei os feitos do grande Arthur C. Clarke, cientista que após ter trabalhado durante a 2a Guerra no setor de telecomunicações do exército britânico, desenvolveu grande parte dos estudos que levaram à era dos satélites interespaciais. Para quem não sabe, Clarke é também autor do livro que deu origem a 2001: Uma Odisseia no Espaço, obra-prima da ficção científica (fez também o roteiro, junto com o diretor Stanley Kubrick).

Há dezenas de casos semelhantes. Epidemias como a atual, ao longo da história, levaram à descoberta de novos medicamentos. Populações flageladas por enchentes e terremotos acabam desenvolvendo modelos diferentes de construções e abrigos, e assim por diante. Uma característica distinta da COVID-19 é que nunca uma doença foi tão documentada e acompanhada de perto pela mídia. Tenho colegas jornalistas que acabaram baixando ao hospital devido ao esforço de cobertura, e sei de outros vitimados pelo próprio vírus.

Dessa tragédia estão saindo excelentes reportagens, fotos e vídeos que já podem ser apreciados na internet, e certamente teremos à frente grandes livros, filmes, séries de TV, peças de teatro e muito mais. Inspirado num trabalho do amigo e grande jornalista Moisés Rabinovici, selecionei nas últimas semanas exemplares de algo que me toca muito: capas de revistas. São publicações de vários países abordando a crise, que ficam como documento desta época sem paralelo na história. Algumas delas estão abaixo (neste vídeo, há outras):

A Vogue portuguesa, normalmente dedicada a temas como moda e comportamento, mostrou em abril um outro lado da pandemia. 

 

 

 

 

 

 

Em março, The New Yorker, célebre por suas capas desenhadas, retratou a maior estação de trens de Nova York vazia.

 

 

 

 

 

 

 

A revista alemã Luxiders, voltada ao mercado de luxo, liderou campanha de doações a vítimas da COVID-19.

 

 

 

 

 

 

 

 

Na Newsweek, a “moradora-símbolo” de Nova York trabalhando em casa com cara de espanto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A revista TIME produziu várias capas sobre o coronavírus. Nesta, uma moradora de Connecticut confinada após receber o diagnóstico positivo.

 

 

 

 

Outra vez a Estátua da Liberdade, agora em “quarentena”, segundo o jornal New York Post.

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta outra da New Yorker, em março, critica a posição do presidente Trump de não dar importância à epidemia.

 

 

 

 

 

 

 

 

A Sports Illustrated só encontrou uma forma de retratar o desânimo em seu setor com o cancelamento de todos os eventos esportivos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Elle francesa usou criatividade para agradecer aos profissionais envolvidos no combate à pandemia

 

 

 

 

 

 

 

 

Por fim, a inglesa The Economist analisando os impactos globais da doença e como os governos estão reagindo.

 

 

 

 

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