Entre os países grandes, a Alemanha é provavelmente o que melhor vem lidando com a pandemia. Testes intensivos, um dos melhores sistemas de saúde do planeta e a atitude proativa das autoridades, amplamente aprovada pela população, permitiram chegar ao terceiro mês de quarentena com um número relativamente baixo de vítimas: cerca de 182 mil casos e 8.500 mortes. Há cerca de duas semanas, o país começou a retomar aos poucos suas atividades, sob rigoroso monitoramento.

Nada disso, no entanto, garante o êxito da IFA, maior evento de tecnologia da Europa, que normalmente acontece em setembro em Berlim. Nesta 4a feira, o site do jornal Korea Herald publicou que Samsung e LG não deverão estar presentes à feira. Se isso acontecer, é provavel que boa parte dos expositores asiáticos também desista. As duas empresas informaram oficialmente que a decisão ainda não foi tomada, mas o jornal cita fontes locais relatando os bastidores.

Devido às medidas de distanciamento adotadas pela capital alemã, os organizadores da IFA já anunciaram que desta vez a entrada não será aberta ao público. Nos últimos anos, a média de visitantes tem oscilado entre 80 e 100 mil pessoas, mas agora somente cerca de 5 mil profissionais da indústria e 800 jornalistas serão convidados. Empresas da Coreia, China e Japão já estavam estudando a possibilidade de não enviar representantes a Berlim, deixando a participação a cargo apenas de suas subsidiárias européias. O motivo, claro, é o receio do coronavírus que, embora esteja controlado por lá, ainda assusta.

Com menos gente presente, a IFA este ano será bem menor em termos de espaço. Se decidirem participar, certamente Samsung, LG e outras gigantes asiáticas terão estandes bem mais modestos do que nos anos anteriores. 

1 thought on “Coreanos estudam não ir à IFA em setembro

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