Um artigo do grande jornalista Celso Ming no Estadão analisa o episódio em detalhes (vejam aqui), mostrando que, graças às novas tecnologias (e, claro, à pandemia), pode estar nascendo uma nova forma de se fazer greve. O autor ouviu dois dos maiores especialistas brasileiros em relações do trabalho, os professores Helio Zylberstajn e José Pastore, da USP, explicando que a tecnologia, após contribuir para a queda nos níveis de emprego tradicional, agora ajuda a fortalecer os protestos dos trabalhadores.
Não deixa de ser curioso. Sempre se falou que as empresas, ao adotar mais recursos tecnológicos, poderiam prescindir dos empregados, o que é verdade em determinados setores. Mas essa mesma tecnologia serve, por exemplo, de estímulo às startups e cria em muitos jovens a vontade de montarem um negócio próprio. Nunca foi tão fácil abrir uma empresa, ainda que seja apenas para vender um aplicativo.
O movimento dos motoboys entra para a História como o primeiro da era digital no Brasil; em outros países, já houve greves de motoristas do Uber, mas a entrega rápida – principalmente de comida – tende a ser um serviço cada vez mais requisitado, já que milhões de pessoas pelo mundo afora estão se adaptando ao trabalho em casa. Por isso é que não faz sentido a Justiça do Trabalho analisar esses casos com os mesmos olhos das atividades convencionais, como vemos nesta reportagem. As relações entre empregado e empregador tornaram-se muito mais complexas.
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