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Receivers ainda têm a força

 

No mundo inteiro, a demanda por receivers AV diminuiu nos últimos dois anos, muito em função da popularidade das soundbars. Essas caixas acústicas horizontais melhoraram muito seu desempenho e, claro, são uma alternativa prática para ambientes até 20m2. Mas, como mostra reportagem da edição de setembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, as soundbars ainda ficam longe dos receivers em vários aspectos.

Outro fator que joga contra o consumo dos receivers é o hábito (crescente) de se ouvir música em dispositivos móveis. Na era pré-iPhone, esses aparelhos eram usados tanto para assistir aos filmes quanto para audições musicais com maior envolvimento, ligados a um bom CD player. Só que os players portáteis – inclusive dos smartphones – também evoluíram muito, assim como os fones de ouvido. 

Mesmo assim, é consenso entre os especialistas que nada supera, em áudio, um bom sistema de amplificação + caixas acústicas bem posicionadas. Os receivers atuais – vejam aqui uma seleção – já recebem diretamente o sinal da internet, que, dependendo da instalação, nem precisa passar pela TV; alguns, até, utilizam a própria rede sem fio da casa e podem transmitir áudio, tipicamente música ambiente, para outros cômodos. 

Com mais potência do que as soundbars, e índices de distorção mais baixos, os receivers têm ainda a vantagem do processamento muito mais avançado. Dolby Atmos e DTS:X, os dois padrões de áudio 3D, já vêm integrados à maioria dos modelos à venda no Brasil. E, mesmo para quem não quer se dedicar a uma instalação desse tipo, que é mais complexa, os processadores dos receivers oferecem ótimas opções (detalhes aqui).

Os modos Dolby Surround e DTS Neural:X ampliam a sensação de espacialidade na sala mesmo com filmes gravados em 5.1 canais, ou até com trilhas estéreo. E, para simular áudio 3D (aquele em que os sons voam sobre nossas cabeças no sofá), há ainda os modos Dolby Height Virtualizer e DTS Virtual:X, que fazem o “milagre” com apenas duas caixas acústicas instaladas na sala. 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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