Bem antes do que se esperava, a Samsung Display Co. (SDC) começou a enviar os primeiros protótipos de displays QD-OLED a possíveis parceiros e clientes. As coisas parecem estar caminhando bem na fábrica construída na Coreia em 2019, como reportamos aqui, cujo cronograma agora é entregar os primeiros exemplares para uso comercial no final deste ano (antes, o prazo era 2023).

Segundo o site especializado OLED-Info, Sony e Panasonic já fecharam acordo para adquirir os painéis que combinam as vantagens de OLED e QLED, como explicamos neste post de setembro passado. E a própria Samsung Electronics, é claro, maior cliente de sua coirmã, colabora nesta fase do projeto. O curioso é que a mesma Samsung ainda não decidiu se aposta mesmo as fichas nessa tecnologia, que precisa ser testada, ou se deixa o lançamento comercial para 2022, focando agora no aprimoramento do QLED com os painéis Neo QLED, exibidos na CES, em janeiro.

Mesmo para uma gigante, não é fácil desenvolver tantas inovações ao mesmo tempo – há ainda os MicroLED, também já comentados aqui, que se destinam a um nicho premium de mercado. As informações da imprensa asiática indicam que os protótipos QD-OLED liberados até agora são de 55″, 65″, 78″ e 82, além de monitores para games em 27″ e 32″. A explicação é matemática: com um único substrato (painel básico para corte das telas), é possível montar dois displays de 82″ + três de 32″; ou dois de 78″ + seis de 27″.

Com um investimento previsto em US$ 10,85 bilhões, a Samsung planeja aos poucos ir convertendo todas as suas velhas fábricas de painéis LCD (que deixaram de ser produzidos este ano) em avançadas unidades de QD-OLED, com um total de 360 mil substratos por mês. O grupo acredita ser possível produzir displays mais baratos que os OLED atuais da LG, e sem o já famoso “pixel branco” (vejam este vídeo).

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