A foto ao lado reproduz uma página inteira do jornal novaiorquino Daily News de 6 de julho de 1971. Naquele dia, não havia assunto mais importante do que a morte – enquanto dormia, em sua casa no bairro Queens – de Louis Armstrong.
E a manchete “Fim de uma era” estava longe de ser exagerada. Afinal, partia o homem que ensinou um país inteiro (na verdade, um planeta inteiro) a apreciar a arte da música, cantada e tocada frequentemente de puro improviso. Um artista que, em cinco décadas, ajudou a dignificar a música universal mesmo sem ter educação formal. E que mostrou a todos que vieram depois como cantar e tocar uma música que vinha do fundo da alma. E, talvez acima de tudo, levou plateias brancas a reverenciar um negro como o primeiro grande artista planetário (o que não era pouco, numa sociedade tão dividida pelo racismo).
Sim, vários pesquisadores defendem que Louis – com aquela voz rouca e aparentemente sem alcance – “ensinou a América a cantar”, com graça, charme, sentimento, fraseado único e uma divisão rítmica nunca vista antes. Outros lembram que o Satchmo trompetista foi quem quebrou a estrutura do jazz vigente nos anos 1920, em que cada solista tinha seus segundos contadinhos no arranjo. Seus improvisos não vinham do nada; eram criados dentro das harmonias originais das canções, mesmo quando essas eram hinos como Stardust, Once in a While ou St Louis Blues.
Na verdade, há muito de mitológico na figura de Armstrong (como nas de todo grande artista). Embora tenha levado aos limites a arte de improvisar, não tocava simplesmente “de ouvido”. Aprendeu a ler música no reformatório e sabia discutir partituras e arranjos com gente como Duke Ellington. O que só engrandece suas façanhas.
A casa onde Louis viveu a partir de 1943 com sua quarta esposa, Lucille, no Queens, abriga hoje o Museu Louis Armstrong e é também a principal referência para quem deseja conhecê-lo melhor. É uma visita emocionante. Aqui, um tour virtual.
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