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Amazon pagou pouco pela MGM

 

Para quem, como eu, é fã do cinema clássico (a denominação é genérica mesmo, mas refiro-me principalmente a filmes feitos antes dos anos 1980), o catálogo da MGM é um sonho de consumo. Saber que será possível saboreá-lo agora no streaming com alta qualidade de som e imagem – talvez até melhor que a dos DVDs já lançados – é uma grande notícia.

Na semana passada, a Amazon finalizou a compra do estúdio que durante anos foi praticamente sinônimo da melhor Hollywood. Com mais de 100 anos de história e mais de 4 mil títulos de filmes (fora séries de TV, que superam 17 mil episódios), a MGM (Metro Goldwyn Mayer) irá significar em reforço gigante no acervo do Amazon Prime Video, hoje o segundo serviço de streaming mais acessado no Brasil (e no mundo).

A lista de clássicos, com mais de 180 Oscars, é de tirar o fôlego: E o Vento Levou, O Mágico de Oz, Cantando na Chuva, Silêncio dos Inocentes, Touro Indomável, nesse nível. Também é propriedade da MGM toda a coleção 007, que, segundo o site Variety, é a grande aposta da Amazon: além de colocar no streaming todos os 25 filmes da série, a ideia é explorar as inúmeras possibilidades de licenciamento do personagem e seus objetos exibidos na tela. O mesmo deverá ser feito com franquias como Rocky, Robocop, A Pantera Cor de Rosa, Tomb Raider e Poltergeist, entre outras. Desconfio que haja uma mina de ouro aí.

Considerando tudo isso, até que o valor pago pela Amazon (US$ 8,5 bi) não foi alto. O mesmo Variety fez as contas e listou negócios semelhantes realizados nos últimos anos envolvendo Hollywood e o mercado de streaming. Confiram:

AT&T compra TimeWarner (2018)………… US$ 85 bi

Disney compra Fox (2019)…………………… US$ 71 bi

Fusão Discovery + WarnerMedia (2022).. US$ 43 bi

Comcast compra Sky (2019)………………… US$ 39 bi

Fusão CBS + Viacom (2019)………………… US$ 12 bi

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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