KNX: automação predial em alta

Nesta quinta-feira, estivemos participando do evento KNX Days, dentro da feira TecnoMultimídia, realizada em São Paulo. Para quem não está familiarizado, KNX é um protocolo para redes de automação cabeadas muito usado na Europa e em alguns países da Ásia; nos EUA, tem dificuldades de entrar devido à profusão de padrões já estabelecidos há décadas.

O padrão é administrado pela KNX Association (knx.org), um consórcio internacional sediado na Bélgica e que já conta com aproximadamente 500 marcas certificadas. Diferente dos protocolos fechados, KNX foi desenhado e é atualizado para funcionar em conjunto com outros padrões. Por ser cabeado, é considerado mais robusto e confiável – naturalmente também é mais caro que os padrões sem fio.

Sua maior aplicação é na automação predial, segmento de mercado que vem ganhando espaço conforme o Brasil se torna um dos países com maior quantidade de edifícios do mundo (hoje, é o 16^o em arranha-céus). Quem constrói ou projeta edifícios comerciais e residenciais, especialmente os de alto padrão, encontra no mercado inúmeras soluções KNX de gerenciamento de água e energia, iluminação inteligente, climatização, segurança, rede de comunicação e demais necessidades desses prédios.

Oficialmente, o padrão foi lançado no Brasil em 2012, mas sem merecer a devida atenção da matriz europeia. Agora, parece que as coisas estão mudando, muito em função de grandes corporações mundiais (Siemens, Schneider, ABB, Finder e outras) que agora começam a investir mais na disseminação do padrão. O evento desta quinta serviu para apresentar KNX a novos integradores, não só com informação técnica de base (que é fundamental), mas também com apresentação de cases de sucesso.

Arranha-céus em Balneário Camboriú contam com automação KNX

Alguns dos maiores edifícios do país erguidos nos últimos anos contam com equipamentos certificados KNX, projetados e instalados por empresas como Smarthomes, de Santa Catarina, e Autobras, de São Paulo, que participaram do evento. E representantes da Siemens, ABB e Discabos, que distribui a marca italiana eElectron, confirmaram que a rede de projetistas e integradores que utilizam o protocolo está crescendo.

Desde o ano passado, aliás, Discabos é responsável pelo Centro de Treinamento KNX no Brasil (vejam aqui os detalhes), outro fator que ajuda a tornar o protocolo mais conhecido no país.