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OLED Samsung passa nos primeiros testes

Estamos acompanhando de perto (na verdade, de longe…) a chegada ao mercado internacional da TV QD-OLED, principal lançamento da Samsung este ano. Alguns sites já publicam testes do produto em que é possível avaliar seu impacto sobre os formadores de opinião. Fora aqueles que se limitam a replicar os dados fornecidos pelos fabricantes, constatamos que a receptividade está sendo ótima.

Antes de comentá-los, vale um esclarecimento. A TV S95B foi anunciada no ano passado como “QD-OLED”, ou seja, um híbrido do painel de leds orgânicos com o de pontos quânticos, como mostramos aqui. Foi assim apresentada até a CES, em janeiro, quando a Samsung decidiu mudar a denominação para “QD-Display”; a explicação extraoficial é que a empresa quis evitar associações com a sigla OLED, tão defendida por sua arqui-concorrente LG.

Agora, no lançamento oficial, iniciado em abril, a Samsung coloca a sigla OLED em todos os materiais promocionais, vendendo a ideia de que esse é o “verdadeiro” OLED. Coisas do marketing e da competição entre as marcas.

Principal diferença está nos OLEDs azuis

Podemos chamar então de “OLED da Samsung” essa que, pelos relatos disponíveis, é uma das melhores TVs já lançadas até hoje. Isso porque, ao contrário da LG, a Samsung utiliza os chamados blue OLEDs (azuis) em lugar dos WOLEDs (brancos). A diferença é que elementos orgânicos azuis são mais raros e, portanto, mais caros. A maior parte dos papers técnicos os define como mais eficientes e estáveis que os OLEDs brancos.

Fato é que, na comparação com TVs OLED, a Samsung S95B parece levar uma boa vantagem. O excelente site rtings.com, por exemplo, mediu em laboratório o desempenho da nova TV. Na análise das seis cores mais importantes – vermelho, verde, azul, amarelo, magenta e ciano (azul turquesa) – chegou a uma luminosidade média de 461 nits, mais que o dobro que os modelos OLED atuais.

Conforme as análises publicadas até agora, a OLED da Samsung – lançada em tamanhos de 55″ e 65″, por ora somente em resolução 4K – segue o padrão de performance das OLED nos quesitos contraste e gradação de cores, definidos como “excepcionais”; além disso, exibe quase nada de distorção em ângulos de visão lateral, um enorme avanço em relação às TVs atuais baseadas em LED-LCD.

Excesso de brilho pode ser um problema

Duas ressalvas que aparecem com frequência nos testes da S95B se referem à reprodução de filmes em HDR e às chamadas “aberrações cromáticas”. No primeiro caso, especialmente nas cenas muito brilhantes, a TV utiliza o recurso ABL (Automatic Brightness Limiter), também existente nas OLED convencionais. Só que o faz de forma exagerada, dimerizando a tela e acabando por retirar parte do brilho de toda a cena.

Já o problema das cores (tecnicamente, color fringing) aparece quando se tem detalhes brilhantes de uma cena, como pontos luminosos ou mesmo legendas – fenômeno similar ao chamado “efeito halo”. Surgem em volta desses pontos rápidas cintilações de cores distorcidas, que podem ser tornar irritantes para algumas pessoas – a maioria não percebe.

Enfim, aguardaremos ainda algum tempo para saber mais detalhes sobre as reações a esse grande lançamento. Infelizmente, ainda não temos como confirmar quando (e se) a Samsung irá lançar essa TV no Brasil. Mas já é, sem dúvida, um acontecimento mundial.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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