A se confiar nas declarações do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, os usuários brasileiros estão reagindo bem à nova política de bloquear as caixinhas piratas “TV Box”. Os bloqueios começaram há cerca de duas semanas, e ainda não há estatísticas sobre os resultados. Mas a estratégia da Agência é fazer a máxima divulgação das medidas para prevenir os consumidores sobre a prática ilegal.
“O usuário está ligando para nós para reclamar de algo que fizemos de propósito”, disse Baigorri, sem esconder a euforia, durante o congresso MWC, em Barcelona, na semana passada. As reclamações indicam, segundo ele, que boa parte dos consumidores simplesmente não sabe que está praticando crime ao utilizar as caixinhas – estas, embora ilegais, continuam sendo vendidas normalmente.
Em vez de apreendê-las e destruí-las em espetáculos midiáticos como fazia antes, a Anatel agora se propõe, nas palavras de seu presidente, a “tornar a experiência de uso das TV box tão ruim que ninguém mais vai querer comprar”. Com o bloqueio, feito por técnicos da Agência no próprio site que funciona como “servidor virtual” das caixinhas, o consumidor não consegue acessar seus canais e plataformas preferidos.
Baigorri revela a expectativa de que essa má experiência se transforme em “rejeição” do usuário às caixinhas piratas, ou seja, não homologadas pela Anatel. O detalhe aqui é que esses dispositivos não surgem do nada no mercado. Há uma rede internacional que envolve fabricantes, distribuidores e intermediários para fazê-las chegar a tanta gente (o problema não é só brasileiro). É um mercado bilionário e com enorme capacidade de se adaptar a mudanças.
O desafio da Anatel, e de todas as empresas e entidades legalmente estabelecidas do setor, é “tornar a experiência ruim” também para quem financia – e/ou se beneficia – desse crime organizado.
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Eu não entendo nada disso, queria que alguém esclarecesse: TV pirata, ou seja, querer assistir sem pagar é crime. Isso é óbvio. No entanto eu estava pesquisando pra comprar um aparelho pra assistir streamings PAGOS (HBO, Netflix, prime, etc.) em um aparelho de melhor qualidade que os vendidos no Brasil, com melhor processador de vídeo e áudio, saída coaxial, etc. Isso também é afetado ou posso importar sem problemas? Deixando bem claro: não é pra assistir canais de tv, mas streamings pagos com a melhor qualidade possível.
Olá Vander, seja nacional ou importado, um receptor de streaming só pode ser comercializado no Brasil se tiver a homologação da Anatel, com selo e número registrado lá. Caso contrário, é considerado pirata. Abs.
Nunca jamais na minha opinião vão conseguir tirar do ar !! Pode ser que alguns sim chegue a ser bloqueado ou alguns canais fora do ar mas por completo estou duvidando e justamente como está na matéria acima e a questão é internacional e envolve muitos . .......
Tecnicamente é praticamente impossível. E, para piorar, é possivel instalar apps de TV e filmes em aparelhos homologados, como são as TVs com Android, Roku, etc… VPN e P2P isolam as fontes… so derrubando quem está gerando o sinal isso pode acabar, mas acho impossível pois é possível retransmitir 300 canais de 300 localidades diferentes.
Barrozo, parece que a agência tá dando um belo "embromation" nessa história pra mostrar pra indústria que tá agindo, né não? Porque me parece que o pessoal do órgão que entende do riscado sabe que essa tarefa é tecnicamente inglória...
Sim, eles sabem que é impossível acabar com a pirataria de sinal. Mas, se conseguirem pelo menos reduzir um pouco, já será uma vitória. Abs.