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IA & IoT no A&V: começa o debate

Estive participando na última 4a feira do evento AVXperience, organizado pela distribuidora Lecran, que representa no Brasil marcas internacionais como Kramer, Biamp e Audio Technica, entre outras. O tema proposto era o impacto da Inteligência Artificial para empresas e profissionais de áudio & vídeo (assistam aqui). Infelizmente, o tempo foi curto (a programação foi intensa). Assim, vários tópicos ficaram em aberto para futuros eventos, já que, como se sabe, a IA (“ei-ai”, para os gringos) veio para ficar.

Assim como outras revoluções tecnológicas na história, IA terá (já está tendo) impacto sobre diversos campos de atividade. Não é por acaso que empresas como Samsung, Apple, Amazon e alguns dos maiores bancos do planeta estão proibindo seus funcionários de usarem ferramentas de IA generativa, como ChatGPT. É alto o risco de informações confidenciais vazarem nos diálogos com essa “entidade”, como, aliás, já alertávamos aqui meses atrás (confiram).

Mas IA generativa é apenas uma entre diversas categorias de inteligência artificial que estão entrando no dia a dia de pessoas e empresas. Tem muita coisa legal acontecendo, e fica cada vez mais claro que se abrem grandes oportunidades de negócio com essas tecnologias.

Especificamente sobre o mercado AV, um estudo da consultoria Tech Mobius, de Nova York, revelou recentemente algumas dessas possibilidades. O segmento de video conferência, por exemplo, deve crescer 9,9% ao ano até 2027, impulsionado pelos avanços de IA incorporados a aparelhos como câmeras, displays, alto-falantes, microfones e sistemas inteligentes de iluminação.

Apenas um spoiler: numa reunião por vídeo, cada usuário terá mais recursos para ajustar a qualidade do som, a ponto de cancelar o ruído do ambiente no outro lado da linha. Ou seja, você poderá até ter barulho na sua casa, mas seu amigo ou colega conseguirá eliminar (ou amenizar) o problema durante a ligação.

IA também já se provou valiosa com seus algoritmos de upscaling, como se pode constatar assistindo a um filme antigo numa TV 4K. Quem trabalha em home office poderá fazer o mesmo com seus conteúdos (ex.: fotos e vídeos em baixa resolução) para transmiti-los pela rede. Não só a qualidade de imagem ficará melhor como já é possível também regenerar vozes e sons comuns do dia a dia que possam ter sido mal gravados.

Acreditem, esses são só aperitivos. A íntegra do estudo pode ser lida, em inglês, neste link. E ainda nem falamos de IoT. Essa é outra conversa.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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