Saiu um estudo interessante sobre a demanda por produtos Smart Home no planeta. Vem da Nielsen, mais tradicional empresa de estudos de mercado do mundo, que tem escritórios em vários países (também é dona da alemã GfK). Resumo: após os picos de 2020 e 21, durante a pandemia, o mercado havia se retraído e agora parece estar retomando a pegada. Na contramão, aliás, das vendas dos eletrônicos de uso geral.
O estudo do NiQ (Nielsen IQ) coloca no selo “Smart Home” desde TVs e projetores até smartphones, notebooks, câmeras, todo tipo de caixas acústicas (smart speakers) e eletrodomésticos que acessam a internet ou que podem ser comandados via aplicativo ou software. Na lista, claro, estão os dispositivos de automação, com e sem fio.
Todos esses produtos, segundo os dados apurados na pesquisa, somaram US$ 13,9 bilhões em receitas para os fabricantes no primeiro semestre do ano; para comparação, esse valor foi 6,5% mais alto do que no mesmo período de 2023. Nos mesmos seis meses, as receitas referentes aos eletrônicos em geral caíram 0,6%, o que, segundo os analistas da NiQ, indica que conectividade e inteligência estão se tornando mais importantes nas decisões de compra.
Otimismo (mas segurança ainda preocupa)
Outro dado interessante é que 30% dos entrevistados se mostraram mais otimistas com sua situação financeira e, com isso, mais propensos a investir em tecnologia. Muitos revelaram que, em suas próximas compras, poderão até pagar mais por produtos smart do que suas versões convencionais. Além da performance técnica, a maioria citou fatores como conveniência, economia de energia e sustentabilidade como fatores decisivos.
No entanto, a pesquisa mediu também possíveis barreiras ao uso desses produtos inovadores, sendo o preço a mais citada mesmo por pessoas de alto poder aquisitivo. Há preocupações com a segurança dos produtos e com possíveis dificuldades no seu uso diário. Caixas acústicas com assistentes de voz, por exemplo, aparecem no estudo como o item que mais causa resistência em função de segurança e privacidade. Muitos se questionam sobre a capacidade desses produtos de coletar dados do usuário sem aviso prévio.
Para finalizar, mais um dado da pesquisa que merece reflexão: a maioria dos consumidores reconhece os benefícios das novas tecnologias. Mas o entusiasmo nesse ponto é muito maior nos mercados emergentes, como é o caso do Brasil, que possuem maior população jovem. Nos países desenvolvidos, ao contrário, o público é mais relutante (e até pessimista) em adotar essas novidades.
Para quem se interessar, a íntegra do estudo pode ser vista, em inglês, neste link.
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