Na semana passada, displays 4K foram o principal assunto da convenção da NAB (National Association of Broadcasters), que todo ano reúne em Las Vegas a fina flor do mercado de televisão, incluindo emissoras, produtoras, fabricantes de equipamentos e acessórios etc. Além de uma série de demonstrações, o tema foi discutido em vários seminários e workshops reunindo os maiores especialistas do mundo na área. O Brasil esteve muito bem representado: mais de 300 profissionais daqui foram a Las Vegas, num grupo organizado pela SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão), com apoio do Consulado dos EUA em São Paulo. E quase todos concluíram que a tecnologia 4K será a próxima revolução na televisão.

Só relembrando, 4K é o nome genérico para equipamentos (câmeras, projetores e displays) que produzem imagens de vídeo com resolução de 3.840 x 2.160 pixels, equivalente a quatro vezes a do Blu-ray, que é o máximo dentro da tecnologia disponível hoje (vejam este vídeo). Deve ser, portanto, a próxima geração de aparelhos, embora não se saiba quando estará em uso comercial (mais detalhes aqui e aqui).

Num dos painéis durante a NAB, Fernando Bittencourt, diretor-geral de engenharia da TV Globo, exibiu um documentário sobre o último desfile de carnaval do Rio de Janeiro, que a emissora gravou em 4K. Foram usadas câmeras como esta da foto, modelo CineAlta F65, da Sony. O resultado foi tão bom que a Globo já encomendou algumas dessas câmeras para usar em gravação de novelas. Não, as imagens não serão transmitidas em 4K. Isso ainda não é possível. O material será usado apenas para complementar determinadas cenas com efeitos especiais, segundo Bittencourt. “Mas o 4K irá substituir definitivamente a película de cinema, pois em alguns aspectos produz imagem até melhor”, garante ele.

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