Não se pode padronizar os conectores?

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Por Dave Taylor*

Quanto pergunto a meus amigos e colegas o que eles acham mais frustrante no mundo dos atuais aparelhos eletrônicos, a resposta mais comum é: adaptadores de força. Verdade, esses acessórios são uma confusão só, com enorme variedade de tamanhos, estilos, amperagens e voltagens. Aparelhos diferentes têm especificações elétricas diferentes. É bobagem pensar que um player portátil, desses que usamos quando estamos fazendo cooper, possa ser recarregado pelo mesmo adaptador que alimenta nosso player Blu-ray. Ainda assim, deve haver uma solução melhor do que essa loucura que enfrentamos atualmente.

Um passo na direção certa foi dado pelas empresas que adotaram os carregadores USB, seja com conector de 1.000 mAh ou de 2.100 mAh. Mas, mesmo nessa categoria de produto, certos aparelhos só funcionam com seu próprio carregador, que por sua vez não funciona com outro… O Kindle, da Amazon, por exemplo, é desse tipo, e o Galaxy Tab, da Samsung, é incompatível com uma série de carregadores à venda no mercado, que servem em diversos players.

Mesmo quando o adaptador funciona, o plugue pode ser diferente – como já descobriu todo mundo que trocou um iPhone das primeiras gerações, com seu conector de 30 pinos, por um iPhone 5 (com seu incompatível conector luminoso de 8 pinos). Tenho aparelhos que utilizam mini-USB, outros com micro-USB e, claro, os já citados de 30 e de 8 pinos. Todos funcionam com tomadas de parede ou de carro. Mas será que é muito pedir maior compatibilidade?

Vamos ampliar o horizonte e incluir smartphones, câmeras, filmadoras, GPS, caixas acústicas sem fio, marcadores de exercícios físicos… a pilha de cabos e adaptadores vai crescendo e causando cada vez mais frustração.

Pior ainda é quando um fabricante compra os adaptadores de outro. Tudo fica ainda mais confuso, e muitos dos meus aparelhos acabam funcionando com adaptadores chineses que não têm qualquer referência com as marcas originais. Não que isso seja ruim, mas como é que só acontece meses depois da compra? E quando a gente mistura os acessórios? Outra enorme frustração é ficar horas tentando “acertar o plugue”, cruzando os dedos para que, se o tamanho for o mesmo, não haja alguma incompatibilidade de amperagem ou potência que venha a queimar o aparelho!

Por isso, recomendo que, se você for encomendar um produto que funcione com adaptador de força, examine bem seu sistema de alimentação. É universal? É da mesma marca? Foi feito para aquele produto específico? Meu sonho é poder um dia conectar e recarregar todos os meus aparelhos com um único conector micro-USB ligado a um adaptador USB no meu computador ou numa tomada de parede.

Mas, por enquanto, ainda tenho que viajar com um monte de cabos e pelo menos dois pacotes de adaptadores. Vai saber.

 

 

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