Resenha
Do celular ao iPad; do vinil ao CD e ao MP3; do videocassete ao DVD e ao Blu-ray; das calculadoras de mão aos notebooks; das origens da internet ao Twitter e ao Facebook; das enciclopédias em grandes livros impressos à Wikipedia e ao Google; do Super-8 ao YouTube; das livrarias convencionais à Amazon e às redes de comércio eletrônico; da televisão em preto & branco aos satélites e à TV por assinatura – em 258 páginas, “Os Visionários – Homens que Mudaram o Mundo através da Tecnologia” relata boa parte da própria história da tecnologia. São, ao todo, 21 capítulos, cada um deles dedicado a um aspecto dessa evolução, contada a partir dos anos 1940, logo após o fim da 2a. Guerra Mundial.
Segundo o autor, apesar da enorme destruição que causou, o conflito entre as grandes potências acabou contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias como a comunicação por satélite, a telefonia celular e os chips de computador. O aumento dos investimentos em pesquisas, especialmente no período da Guerra Fria e da corrida espacial (entre as décadas de 1950 e 1970), está por trás da expansão de países como Estados Unidos, Japão, Alemanha e Grã-Bretanha, de onde veio a maior parte das tecnologias que sustentam a indústria eletrônica de consumo.
“Não é um livro para especialistas”, diz Barrozo. “Procurei centrar a narrativa nos criadores das empresas que nos deram todos esses avanços tecnológicos. O traço comum entre eles é que foram apaixonados por suas ideias. Souberam antecipar tendências, daí por que os chamo de ‘visionários’. E lutaram com todas as forças, superando a descrença e às vezes a falta de recursos, para colocar de pé os seus projetos. Por isso, o livro pode ser útil a empreendedores de modo geral, a toda pessoa que tem uma boa ideia e não sabe como transformá-la num bom negócio. A história desses visionários nos dá boas pistas a respeito”.
O capítulo dedicado a Steve Jobs, por exemplo, narra em detalhes a história da Apple, hoje considerada a empresa mais inovadora do planeta. Segundo o autor, em 1986 Jobs foi demitido da própria empresa que havia fundado em 1975, e publicamente humilhado, por ter cometido erros na administração do negócio. Dez anos depois, com a Apple semi-falida, Jobs foi chamado de volta e construiu uma verdadeira usina de inovações em design e tecnologia. “Isso não aconteceu sem muito sofrimento e brigas”, conta Barrozo. “Jobs ganhou fama de ser uma pessoa intratável e um executivo tirânico. Mas é, sem dúvida, um gênio como designer e empreendedor”.
Outros visionários
O livro conta ainda, com enfoques variados, a trajetória de outras personalidades que fundaram empresas inovadoras e ajudaram a detonar uma revolução de comportamentos e de consumo, principalmente nos últimos vinte anos:
*Bill Gates, cofundador da Microsoft, a primeira empresa que fez sucesso vendendo software para computadores; *Akio Morita, cofundador da Sony, multinacional japonesa responsável por produtos como Walkman, CD, DVD, videocassete e Blu-ray;
*Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a maior rede social do planeta, hoje com mais de 600 milhões de usuários;
*Sergey Brin e Larry Page, cofundadores do Google, site de buscas que é hoje o mais visitado do mundo;
*Konosuke Matsushita, fundador da Panasonic, que revolucionou a indústria japonesa com métodos gerenciais absolutamente inovadores para sua época;
*Jeff Bezos, que ao fundar a Amazon.com criou a indústria do e-commerce;
*Jimmy Wales, criador da Wikipedia, a primeira enciclopédia virtual do planeta.
*George Lucas, que revolucionou o cinema ao adotar as tecnologias digitais na produção e na distribuição de seus filmes;
*Arthur C. Clarke, cientista e escritor que foi o primeiro a delinear o funcionamento dos satélites de comunicação;
*Michael Dell, inovador da indústria de informática com o aperfeiçoamento da cadeia de fornecimento (supply-chain);
*Ted Turner, o primeiro a criar uma rede de TV 24 horas (a CNN) e influenciar audiências no mundo inteiro;
*Jack Dorsey e Biz Stone, fundadores do Twitter, ferramenta que transformou os hábitos de comunicação entre as pessoas;
*Niklas Zennströem, cofundador do Skype, serviço de telefonia gratuita que abalou a indústria das telecomunicações;
*Nolan Bushnell, fundador da Atari e o homem que praticamente criou a indústria dos videogames;
*Robert Pittman, criador da MTV, primeiro canal de TV totalmente voltado à música e ao comportamento dos jovens;
*Shawn Fanning e Sean Parker, criadores do Napster, primeiro serviço de compartilhamento de arquivos pela internet;
*Martin Cooper, coinventor do telefone celular e principal responsável pela disseminação dessa tecnologia;
*Chad Hurley e Steve Chen, criadores do YouTube, o site de vídeos mais visitado do mundo.
O livro de Orlando Barrozo traz ainda um capítulo dedicado a Vint Cerf, Tim Berners-Lee e outros cientistas considerados os “pais da internet”, revolução iniciada no final dos anos 1960 e que se tornou a mídia mais influente dos últimos vinte anos. Outros “visionários” retratados pelo livro são Vic Hayes, principal idealizador das redes sem fio; Fujio Masuoka, descobridor da memória flash; Linus Torvalds, criador do sistema operacional gratuito Linux; Marc Andreessen, inventor do Netscape, primeiro navegador de internet; Jeff Hawkins, inventor dos palmtops, precursores dos smartphones e dos tablets; e Nicholas Negroponte, criador do Media Lab, maior laboratório de pesquisas sobre inclusão digital do planeta.
Para mais informações sobre o livro:
Tel.: (11) 5083-3633
E-mail: visionarios@eventeditora.com.br
Confira imagens da noite de lançamento do livro, na Fnac, em São Paulo:
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