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3G não é tão veloz assim

Reportagem de Daniela Moreira no IDG Now mostra interessante levantamento sobre o desempenho das três operadoras que já lançaram serviços 3G no Brasil: Claro, Vivo e Telemig (estas duas agora associadas). Pelo que dizem os usuários, a situação é complicada: chovem queixas contra a lentidão das conexões.

A velocidade, diz Daniela, varia entre 250Kbps e 1Mbps, com média para baixo (300Kbps). Convenhamos, é muito pouco. A Vivo, ao lançar o sistema, quatro anos atrás, chegou a anunciar uma velocidade de 2,4Mbps, que seria excelente. Mas desistiu ao ver que não conseguiria manter essa oferta; quando parou de anunciar isso, suas vendas caíram 30%. O que dá a entender que as pessoas compram esse produto com base apenas na velocidade da conexão. Faz lembrar aqueles que adquirem um aparelho de som pensando somente na potência, levando os fabricantes a anunciarem, com toda pompa, 2.000 watts (sem explicar que são watts PMPO, um método de medição totalmente enganoso e ultrapassado).

Voltando ao celular, a Vivo critica suas concorrentes por prometerem altas velocidades quando, na verdade, o acesso – como em qualquer tecnologia sem fio – depende de variáveis como topografia do local, obstáculos no caminho etc. É virtualmente impossível uma operadora “garantir” esta ou aquela velocidade.

A Claro chega ao ponto de incluir no contrato que só garante 10% da velocidade adquirida. Ou seja, se você comprou um pacote de 250Kbps, pode receber apenas 25!!! Esse quadro deve mudar com a entrada das demais operadoras no sistema 3G, casos de Oi e Tim (a Vivo está prometendo uma nova rede, de maior capacidade). Enquanto isso não acontece, o usuário tem que cruzar os dedos.

Para quem quiser ler a reportagem, eis o link.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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