Não sei se todos conhecem esse mecanismo, mas os importadores são obrigados a arcar com os custos para manter seus produtos no porto enquanto não acontece a liberação. Esta às vezes pode demorar por questões tributárias ou burocráticas, como a falta de um documento. Mas a situação atual é completamente fora do controle do importador. Afinal, não foi ele quem provocou a greve! Ainda assim, é ele quem tem de pagar pela armazenagem, enquanto a greve durar (nesta 2a. feira, o movimentou completou exatos 34 dias).
Esta semana, a revista Veja traz reportagem com dados consolidados sobre as perdas provocadas pela paralisação. No caso específico da armazenagem, dá para calcular por alto: uma carga de US$ 1 milhão custa, em tempos normais, cerca de US$ 12 mil para ficar parada na alfândega; com a greve, esse custo subiu para US$ 36 mil.
Pior é que os prejuízos não atingem apenas o importador. No Porto de Santos, só para citar um exemplo, há 50.000 containers retidos; nos postos de fronteira do sul do País, há 3.500 caminhões aguardando liberação. E, somente no setor de eletroeletrônicos, as multas pelo não cumprimento de contratos de exportação já chegam a US$ 150 milhões. A revista calcula em US$ 1 bilhão o prejuízo total do setor.
Uma curiosidade: neste mais de um mês de greve, não li nenhuma declaração do presidente Lula, ou de seus ministros, sobre que medidas pretendem tomar a respeito da greve.
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Amigos , parabés pela forma de se pronunciarem...
pergunto: Como entra ou não entra a questão do Seguro sobre os prejuÃzos?
Existe indenização a ser paga para esses casos?Se sim , para quem? ou não?
Quase sempre o caos é culpa dos governantes. Nunca ninguém culpa o povo. Quantos brasileiros correm para os braços dos concursos públicos? Quantos fazem de tudo para pegar uma “teta” e não se importam o quanto pagam? Quantos dos aprovados fazem greves depois, achando que ganham pouco? Pois se não estão satisfeitos, que venham para a iniciativa privada e deixem o misero salário de 12 mil/mês para quem já deu muito murro em ponta de faca na iniciativa privada. Se o governo paga pouco, então abram as porteiras para os produtos entrarem sem impostos, que este governo será prejudicado e não o contribuinte que paga o salário. Sabem quem sai ganhando nesta historia toda? Os muambeiros.