Não tive oportunidade de comentar aqui a entrevista do conselheiro da Anatel, Pedro Ziller, publicada na semana passada, sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi. Foi de arrepiar. A certa altura, Ziller comenta que, se não houvesse a fusão, “as duas empresas iriam sumir”. Como já comentei aqui algumas vezes, esse negócio é um dos maiores escândalos da História recente, pois envolve dinheiro oficial (do BNDES, ou seja, meu e seu) para financiar grandes grupos (Andrade Gutierrez e Jereissati) na compra de uma empresa que está falindo por má administração.
Agora, leio na Folha que estou em boa companhia. O brilhante jornalista Elio Gaspari, em sua coluna de hoje, comenta a entrevista de Ziller com muito mais brilhantismo do que eu, e acrescentando detalhes interessantes. Gaspari lembra, por exemplo, que em 1998, quando houve a privatização das telecomunicações, o mesmo BNDES ajudou a financiar a compra da então falida Embratel pelo grupo americano MCI, que se associou a fundos de pensão brasileiros. Tamanho do negócio: R$ 2,65 bilhões (na época, aliás, dólar e real andavam parelhos). No mesmo leilão, Jereissati e Andrade Gutierrez arremataram a Telemar; e Daniel Dantas ficou com a Brasil Telecom – todos usando financiamento público.
Agora, a jogada se repete, elevada a R$ 5,8 bi. Como diz Gaspari, “privatizaram o patrimônio e estatizaram a fonte de financiamento”. Não será surpresa se, daqui a outros dez anos, a BrOi estiver em crise e o governo (ou a “viúva”, como gosta de dizer Gaspari) compareça de novo para não deixá-la sumir. Burocratas, conselheiros de estatais e empresários que fazem parte da “tchurma” devem estar rindo de nós todos, contribuintes.
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