A empresa chinesa AOC, um dos maiores fabricantes de displays do mundo e com bilhões para investir em países emergentes, anunciou na semana passada – leia o texto – que desistiu de fabricar aqui seus conversores para TV Digital (os chamados set-top-box). E deu nome a quem de direito: as seguidas declarações do ministro Helio Costa, defendendo que o aparelho não pode custar mais do que R$ 200 (quando todo mundo na indústria – e as pessoas sérias do governo – sabe que isso é impossível), tornam impraticável um investimento desse porte.
A AOC já produz um receptor digital para aparelhos móveis, mas não vai mais se arriscar a produzir um conversor para TV. “O ministro pediu para o consumidor esperar a queda de preços para depois comprar”, foi a justificativa. Pois é, o ministro veio com essa história na época do lançamento da TV Digital, voltou a tocar no assunto uma ou duas vezes, e acabou – pelo visto – recolhendo-se a sua real insignificância. Mas nenhum investidor sério entra nessa, a menos que tenha muito (mas muito mesmo) incentivo, como parece ser o caso da paranaense Positivo, que é hoje a maior fornecedora de aparelhos eletrônicos ao governo federal.
Daí porque um produto assim tem mesmo custo alto. O custo da confiabilidade. Para entender um pouco mais, sugiro este link.
Uma breve repassada em lojas virtuais constata que existem no mercado no máximo quatro marcas de conversores para TV Digital: Positivo, Philips, Semp Toshiba e Sony, sendo que este último só funciona com TVs da mesma marca; Aiko e Gradiente também lançaram, mas pelo visto os estoques acabaram; encontrei ainda um modelo da marca Cromus, da qual nunca ouvi falar, anunciado no Mercado Livre como “última peça”, por R$ 609. Mas, convenhamos: dá para confiar num produto que é anunciado dessa forma?
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