O suspense acabou

Em mais uma demonstração de habilidade no marketing, a Apple apresentou hoje, em San Francisco, o novo iPhone (veja o vídeo). Primeiro detalhe a comentar: impressionante a figura de Steve Jobs, magérrimo (sofre de câncer no pâncreas), mas ainda assim firme e carismático ao demonstrar seu novo “filho”.

Sobre o produto em si, certamente nos próximos dias e semanas a imprensa mundial irá dissecá-lo em todos os aspectos, seguindo fielmente o cronograma da Apple. Como já se sabia, o aparelho pertence à geração 3G, o que significa maior rapidez na transferência de dados, e inclui a função GPS. É mais fino do que seu antecessor, que acaba de completar um ano de mercado e, segundo o blog Engadget, está indo para o cemitério (vejam a foto).

O lado curioso, mas que não deixa de ser trágico para os brasileiros, é que Jobs prometeu colocar o produto à venda no mesmo dia (11 de julho) em 22 países – claro, os maiores mercados consumidores, com exceção de Rússia, China, Índia e Brasil. Estes dois últimos ficam para uma segunda etapa. E por que usei a palavra “trágico”? Jobs anunciou que o preço da versão 8Gb será de 199 dólares em todos (vejam bem, EM TODOS) os países.

Provavelmente, ele não se informou direito sobre a realidade brasileira. Aqui, podemos esperar que o novo iPhone custe dez vezes esse valor, certo? Nem preciso dizer que milhares de brasileiros irão trazer o seu na mala, desbloqueá-lo e sair por aí desfilando com ele. E dar risada de quem comprá-lo no mercado oficial.