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Cadê o TV a laser?

Hoje de manhã, primeiro dia oficial da IFA, fomos direto ao estande da Mitsubishi, à procura do tão aguardado TV a laser. Na CES, em janeiro, esse bichinho nos deu uma canseira danada. Procuramos, procuramos, e só muito tarde viemos a saber que estava escondido num pequeno hotel próximo ao Centro de Convenções. Sem nenhum alarde.

Bem, agora a notícia chegou bem antes, no final de julho. A Mitsubishi iria lançar a LaserVue em setembro nos mercados japonês e americano. Claro, tinha que estar na IFA. Claro, nada. Nem a recepcionista do estande da Mitsubishi sabia informar. Aliás, ela também se disse “muito ansiosa” para ver o produto. “Sorry, na Europa não chega tão cedo. Talvez nos EUA”. “Bem, então poderemos vê-lo semana que vem na CEDIA Expo, em Denver. “Expo what”?

Pois é, está muito estranha essa história de TV a laser. Na Itália, conversando com Giorgio Corazza, fundador da SIM2, ardorosa defensora do DLP, ouvi que a tecnologia de projeção a laser não tem futuro: os painéis esquentam demais, e não há cooler que compense o problema, tornando o produto inviável comercialmente. “Tão cedo não teremos um display a laser no mercado”, me garantiu Giorgio. Descontando o fato de que o laser pode (ou poderia) ser um concorrente do DLP, tenho que concordar com ele. Se há problemas técnicos, talvez seja por isso que a Mitsubishi demore tanto a revelar essa preciosidade.

Amanhã, pretendo tirar a dúvida. Vou me encontrar com Joe Fusco, representante da empresa para a América Latina. Vamos ver o que ele tem a dizer.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Aguardo a solução da dúvida com Joe Fusco. Mas creio que a Mitsubishi não iria prometer alguma coisa se já não tivesse resolvido os problemas técnicos da tecnologia.

    Abraço

  • Não havia já lhe dito, em comentário anterior, que a retroprojeção à laser não tem futuro? Acredito no laser não na retroprojeção, mas na projeção direta de imagens de alta definição em grandes espaços públicos, como os cinemas digitais. Acho que o laser vai vingar em projetores de grandes dimensões e alta potência luminosa, para grandes salas de espetáculo. Não vai funcionar em ambientes muito claros, devido às características técnicas da projeção direta.

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