O mapa do plasma em 2009

Hiroyuki Nagano (foto), responsável pela divisão de plasmas do grupo Panasonic, é provavelmente a pessoa mais qualificada para falar do futuro dessa tecnologia. Pois ele falou, na semana passada, durante o evento FPD International, em Yokohama, apresentando o que chamou de “road map” do plasma para os próximos anos. É bom levar a sério porque a Panasonic é, na prática, a única grande empresa que continua apostando no plasma – não por acaso, está construindo sua quinta fábrica de painéis PDP, em Amagazaki, que deverá entrar em produção em maio.

Mas vamos aos principais tópicos do que disse mr. Nagano, aqueles que nos interessam mais de perto:

“A tecnologia de plasma ainda é imatura, tem muito a evoluir. Enquanto uma lâmpada fluorescente apresenta 100% de eficiência na emissão de luz, um painel de plasma tem apenas 3%”.

“Com a geração NeoPDP, conseguimos dobrar a eficiência do plasma. Agora, o desafio é reduzir o consumo de energia em pelo menos três quartos até 2.011”.

Em tempo: NeoPDP é o nome que a Panasonic deu a sua nova linha de plasmas, que vimos na IFA em agosto (veja o vídeo). Segundo Nagano, os primeiros modelos desse tipo chegam ao mercado internacional em 2009.

“Os plasmas continuam sendo a melhor opção para telas grandes. Para o LCD, reservamos o segmento até 30 polegadas, que gera grandes volumes de venda e também é muito promissor”.

Ao ser perguntado por um repórter do jornal Nikkei Business, de Tóquio, sobre o fato de que só a Panasonic ainda investe no plasma, mr. Nagano não se abalou: “Também há dois fabricantes coreanos. Isso não nos preocupa. Em termos de volume, o mercado de plasma de fato é menor que o de LCD. Mas não é um simples nicho. Ao contrário, é mais lucrativo. O custo de fabricação dos painéis de vidro é bem menor. E estamos conseguindo reduzir também o custo dos circuitos que vão sobre os painéis. A tendência é que o plasma se torne mais rentável ainda, com o decorrer dos anos”.

Falou quem conhece. Vamos ver se a realidade confirma essas palavras.