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Comparando, de novo

Comentei ontem que a comparação entre os TVs Philips, Sony e Samsung não tinha dado muito certo (para a Philips), e eis que hoje Danny Tack, diretor técnico do Centro de Pesquisas da Philips, nos deu uma aula sobre TVs. Já tinha conversado com ele, anos atrás, durante o lançamento da linha Ambilight, mas agora a conversa foi mais fundo. Danny trabalhou bastante: hoje pela manhã, os TVs estavam reafinados e a imagem do Philips me pareceu bem melhor. Comentei com ele o que tinha visto na véspera e ele ficou meio sem graça. Fazer o quê?

O fato é que os TVs Philips mostrados aqui neste evento são da linha 2009, enquanto os concorrentes são do ano passado (ainda não saíram as linhas 2009 da Sony e da Samsung). Então, a comparação fica prejudicada – o próprio Danny admite. Mas as especificações divulgadas pela Philips são animadoras. O tempo do resposta dos novos LCDs de LED chega a 1 milisegundo, contra 4 ou 5ms dos demais. A gama de cores (color gamut) aumentou sensivelmente, assim como a taxa de contraste: 5.000:1 na medição estática (a que realmente interessa) e 5.000.000:1 na dinâmica – isso mesmo: 5 milhões por 1.

Com essa nova linha, a Philips está introduzindo uma série de novos processadores de imagem, destacando o Perfect Pixel HD, um avanço em relação ao Pixel Plus que a empresa lançou três anos atrás. E, para quem está curioso em saber se o TV Cinema 21:9, com tela superwide, virá com conteúdos especiais em 2.39:1, a resposta é: não. Isso vai ficar por conta dos estúdios. Por enquanto, quem comprar o aparelho – que sai na Europa em maio – vai ver seus filmes 16:9 “esticados” em cima, embaixo e nas laterais.

Mas, pelo que vimos aqui, esses “esticões” em nada comprometem a imagem. O TV é mesmo um espetáculo.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • "Por enquanto, quem comprar o aparelho - que sai na Europa em maio - vai ver seus filmes 16:9 “esticados” em cima, embaixo e nas laterais."

    Orlando, então essas TV's fazem o mesmo papel de um projetor e lente anamórfica? Abraço.

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