A questão da multiprogramação está rachando (de novo) as grandes redes de TV brasileiras. Na semana passada, a ABRA (Associação Brasileira de Radiodifusores), conduzida basicamente por duas redes (Band e RedeTV) que saíram da Abert por acharem que ali quem manda é a Globo, criticou o ministro Helio Costa por proibir que as emissoras comerciais façam multiprogramação. Você há de perguntar: “Por que”? Pois é, uma das características básicas defendidas na época da escolha do sistema brasileiro de TV Digital, a multiprogramação está restrita, por lei, às emissoras públicas.
Vejam o paradoxo. Essas emissoras vivem à míngua, chorando por investimentos governamentais que nunca chegam e sem poder vender abertamente espaços de publicidade, como fazem as concorrentes. Não têm, portanto, dinheiro para investir no básico, que é programação de qualidade (a exceção é a Cultura-SP). Como obrigá-las a fazer multiprogramação se mal conseguem manter um canal funcionando?
Pressionado, o ministro teve que prometer uma revisão da lei, já que pelo menos Band e RedeTV garantem ter interesse em fazer multiprogramação (a Globo já disse que não quer). Em parte o ministro tem razão: se houver liberação geral, corre-se o risco de ver esses “subcanais” alugados aos mais variados interesses, como aliás já acontece hoje com as emissoras abertas. Com certeza não seriam os interesses do telespectador e do contribuinte.
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...espero - já fazem três semanas - que a Embratel venha instalar nossa rede interna. Três semanas! Um serviço básico,...
Quero que esta crítica seja construtiva! o verbo fazer (acima) deveria estar no singular.