Melhor fariam essas sumidades se tratassem de corrigir o currículo das escolas nessa matéria fundamental: Português. Outro dia, flagrei meu filho, estudante do colegial, diante da seguinte dúvida proposta por sua professora: qual é a diferença entre aposto e adjunto adnominal??? Além de não ter a resposta, o coitado se perguntava: por que tenho de saber essas coisas? Tive de lhe dar razão. Trabalho escrevendo há mais de 30 anos e nunca precisei saber a resposta a essa pergunta, nem a tantas outras inutilidades que nos querem impingir.
Meu amigo Luiz Gravatá, sempre bem-humorado, publicou o link para o dicionário Aulete Digital, que segundo ele já inclui todas as modificações da nova ortografia. Baixei no computador para eventuais consultas, mas não tenho a menor vontade de abri-lo. Como bem lembra Gravatá, a nova ordem idiomática manda escrever “porta-retrato” com hifen e “autoretrato” sem. Qual é o critério? Não, por favor, não precisa explicar.
Quando estive em Portugal, a recepcionista do meu hotel estava revoltada com essas novas regras. Portugal, dizia ela, será o maior prejudicado. Perguntei por que: “Ora, querem nos tirar todas as sílabas que engolimos”!
Minha solidariedade ao povo português. Nosso idioma não merece. Aliás, ninguém merece.
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Compartilho da mesma opinião e indignação. Enquanto meia dúzia de intelectuais decidem o futuro (ou melhor, o presente) do idioma, dados do IBGE apontam que há 2,1 milhões de crianças analfabetas entre 7 e 14 anos frequentando (com ou sem trema? Ah, deixa pra lá!) normalmente as escolas. Que beleza!