A TV e as mídias online

Por falar em internet, o competente Samuel Possebon, do Tela Viva, conta detalhes do NCTA Cable 2009, evento que está sendo realizado esta semana em Washington. O assunto principal não poderia ser outro: internet na TV, ou (como alguns preferem) TV na internet. Trata-se do evento mais importante do mundo na área de TV paga, embora muito focado no que acontece nos EUA, onde mais de 80% da população assina algum serviço do gênero. O problema é que, com a recessão, mesmo o custo da assinatura sendo relativamente baixo (na média, 30 dólares), o setor enfrenta dificuldades para manter seus assinantes. E, lá como aqui, já descobriu seu maior inimigo: ela mesma, a internet.

Os principais executivos das programadoras – e estamos falando de marcas consagradas, como Disney, NBC, HBO etc. – acham que a web é um caminho irreversível. “O modelo do cabo foi o melhor até hoje, mas a realidade digital impõe a busca de um novo modelo”, disse Bonnie Hammer, presidente da NBC/Universal. Segundo ela, os melhores conteúdos da TV paga são justamente os que fazem mais sucesso na web e, portanto, é aí que as programadoras podem ganhar algum dinheiro. 

Segundo Possebon, a melhor frase de quarta-feira, quando o evento começou, foi de John Lansing, representante de uma pequena programadora chamada Scripps Networks: “Há duas reações exageradas que um programador pode ter diante da distribuição online. Uma é colocar todo o seu conteúdo na web, de graça; a outra é não colocar nada”.

Bem pensado. Quem irá encontrar o ponto de equilíbrio? Algumas pistas, neste artigo.